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    Covid-19 aumenta o risco de Alzheimer, AVC e Parkinson, diz estudo

    Pesquisa foi divulgada por pesquisadores da Dinamarca

    Publicado 28/06/2022 às 18:53 | Autor: Enfoco
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    Doenças neurogenerativas podem ser detectadas em pessoas que já foram infectadas.
    Doenças neurogenerativas podem ser detectadas em pessoas que já foram infectadas. |  Foto: Unsplash

    Pessoas que foram infectadas pela Covid-19 possuem um risco maior de desenvolver distúrbios neurodegenerativos como o Alzheimer, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e o Parkinson. A informação foi divulgada por pesquisadores do Hospital da Universidade de Copenhague, na Dinamarca.

    O estudo foi apresentado no 8º Congresso da Academia Europeia de Neurologia, na Áustria. Para o médico Pardis Zarifkar, os dois anos de pandemia levaram a diferentes abordagens sobre os riscos que a Covid-19 causou nos infectados.

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    Mais de dois anos após o início da pandemia de Covid-19, a natureza precisa e a evolução dos efeitos da doença em distúrbios neurológicos permaneceram indefinidas. Estudos anteriores estabeleceram uma associação com síndromes neurológicas, mas até agora não se sabe se a Covid-19 também influencia a incidência de doenças neurológicas específicas e se difere de outras infecções respiratórias.
    Pardis Zarifkar Pesquisador
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    A pesquisa contou com a participação de metade da população da Dinamarca entre os anos de 2020 e 2021. Dentre os indivíduos, 919.731 realizaram teste da Covid-19 e 43.375 receberam diagnóstico positivo. 

    Resultados

    Segundo o levantamento, os infectados apresentaram um risco 3,5 maior de serem diagnosticados com Alzheimer, um risco 2,6 maior de Parkinson, 4,8 vezes maior de sangramento no cérebro e 2,7 mais chances de AVC.

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    Evidências sobre risco de aumento em doenças neurodegenerativas já foram apontadas após infecções virais como a gripe, causada pela Influenza.

    O aumento do risco para doenças neurológicas foi semelhante ao de doenças respiratórias. A única diferença foi sobre a chance de AVC isquêmico para pessoas internadas com mais de 80 anos. Os pacientes que apresentaram Covid-19 possuem 1,7 chances maiores do que pacientes internados com gripe e pneumonia bacteriana.

    No entanto, doenças como a esclerose múltipla, miastenia gravis, síndrome de Guillain-Barré e narcolepsia, não aumentaram após a Covid-19.

    Aspas da citação
    De forma tranquilizadora, com exceção do acidente vascular cerebral isquêmico, a maioria dos distúrbios neurológicos não parece ser mais frequente após a Covid-19 do que após a gripe ou pneumonia bacteriana.
    Pardis Zarifkar Pesquisador
    Aspas da citação
      

    Os pesquisadores preferem não estabelecer uma associação direta entre causa e consequência. Os estudiosos trabalham com a possibilidade das infecções virais e da neurodegeneração serem desencadeadas por uma infecção, que pode iniciar ou acelerar o desenvolvimento de doenças neurológicas.

    mortes de crianças

    Desde o início da pandemia, a Covid-19 matou duas crianças menores de 5 anos por dia no Brasil, segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Ao todo, 599 crianças nessa faixa etária faleceram pela Covid-19 em 2020. Em 2021, quando a letalidade da doença aumentou em toda a população, o número de vítimas infantis saltou para 840. Ao todo, 1.439 crianças de até 5 anos morreram por Covid-19 nos dois primeiros anos da pandemia no Brasil. A Região Nordeste concentra quase metade desses óbitos.

    Os dados de 2020 e 2021, analisados pelos coordenadores do Observa Infância, Cristiano Boccolini e Patricia Boccolini, foram coletados no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), os quais passaram por revisão do Ministério da Saúde e das secretarias estaduais e municipais de Saúde.

    Dados preliminares divulgados pelo Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde indicam que a média de duas mortes diárias se mantém este ano. Entre janeiro e 13 de junho de 2022, o Brasil registrou um total de 291 mortes por Covid-19 entre crianças menores de 5 anos.

    A análise dos dois primeiros anos da pandemia no Brasil mostra que crianças de 29 dias a 1 ano de vida são as mais vulneráveis.

    “Bebês nessa faixa etária respondem por quase metade dos óbitos registrados entre crianças menores de 5 anos. É preciso celeridade para levar a proteção das vacinas a bebês e crianças, especialmente de 6 meses a 3 anos. A cada dia que passamos sem vacina contra Covid-19 para menores de 5 anos, o Brasil perde duas crianças”, aponta Patricia Boccolini.

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