Inquérito
Caso Marília Mendonça: Polícia conclui que pilotos tiveram culpa
Uma verificação de obstáculos deveria ter sido feita
A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu sua investigação sobre o acidente aéreo que resultou na morte da cantora Marília Mendonça e de outras quatro pessoas em novembro de 2021. De acordo com os investigadores, a responsabilidade pelo acidente foi atribuída aos pilotos da aeronave.
Os manuais de procedimentos operacionais padrões da aeronave estipulavam que o piloto deveria verificar a existência de possíveis obstáculos nas proximidades. Caso não tivessem a oportunidade de realizar essa verificação, o manual previa um voo em passagem baixa para realizar essa avaliação durante a aproximação. Segundo os investigadores, os pilotos não seguiram essas orientações.
O acidente ocorreu quando a aeronave colidiu com um cabo da Companhia de Energia de Minas Gerais (Cemig) durante a fase de aproximação, causando danos à aeronave e a morte de todas as cinco pessoas a bordo. Além de Marília Mendonça, estavam no avião o produtor Henrique Bahia, o assessor Abicieli Silveira e os pilotos Geraldo Martins de Medeiros e Tarciso Pessoa Viana.
Foi destacado que as investigações realizadas pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) não buscaramm estabelecer responsabilidades ou culpas, mas sim elaborar hipóteses para compreender o que aconteceu e, assim, prevenir futuros acidentes aéreos. O objetivo principal foi de garantir a segurança da aviação e evitar tragédias semelhantes no futuro.
O relatório do Cenipa destaca que ainda estão em desenvolvimento análises relacionadas ao desempenho técnico do ser humano, à infraestrutura aeroportuária e à infraestrutura de tráfego aéreo. Também estão sendo avaliadas questões de segurança relacionadas às operações de aeronaves e auxílios de solo.
O avião envolvido no acidente, um modelo C90A da Beech Aircraft, fabricado em 1984 e registrado para operação de táxi aéreo, ainda não foi liberado da investigação.
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