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    Investigações

    Cães intoxicados: empresa alterou certificado de produtos tóxicos

    Centenas de cães foram internados, além de 100 mortos

    Publicado 01/12/2022 às 16:02 | Autor: Enfoco
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    Motivo da contaminação foi a identificação incorreta dos lotes
    Motivo da contaminação foi a identificação incorreta dos lotes |  Foto: Reprodução

    O dono da fornecedora de propilenoglicol A&D Química alegou em depoimento que mudou o certificado dos ingredientes usados na produção dos petiscos para cães para 'manter bom relacionamento com cliente', as informações são do g1. A empresa é uma das investigadas no caso que culminou na morte de 100 cães em São Paulo e Minas Gerais. 

    A empresa repassou o composto químico para a TecnoClean e, de lá, foi revendido para a Bassar, Petitos, Bella Donna Produtos Naturais, FVO – Brasília Indústria, Peppy Pet e Upper Dog. As empresas precisaram fazer a substituição dos lotes. 

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    De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o motivo da contaminação foi a identificação incorreta dos lotes de monoetilenoglicol, substância tóxica proibida na produção de alimentos tanto para humanos, como para animais. Eles foram cadastrados como propilenoglicol.

    Monoetilenoglicol é utilizado para resfriar motores e radiadores de carros. Desta forma, se ingerido, ele altera o metabolismo das membranas celulares, causando sintomas como vômito e diarreia, ele pode chegar até os rins. Ele chega a sintomas neurológicos seis dias depois de ingerido.

    Ao portal, o representante da A&D Química, Júlio César Barros de Paula, informou que não produz o produto, mas distribui matérias-primas como propilenoglicol, adquiridos da empresa Crystal.

    Segundo o representante, após revender o produto para a Tecnoclean com certificado de qualidade, ele especificou que era para ser destinado somente a cosméticos e produtos de limpeza, por não possuir grau de pureza necessário. Já a empresa contesta essa versão.

    De acordo com Júlio, uma funcionária da Tecnoclean teria feito uma ligação para ele em 6 de setembro, solicitando que fosse escrito “grau USP”, ou seja, alegando que o produto tinha pureza suficiente para ser usado em itens alimentícios. Antes eles estavam com a identificação de propilenoglicol.

    O fornecedor decidiu então fazer a alteração para 'manter o bom relacionamento com o cliente', alterando os certificados. 

    A polícia segue periciando o celular de Júlio, mas ainda não saiu nenhum resultado. Um representante da Tecnoclean disse que 'toda a negociação com A&D foi feita com base no grau USP'.

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