Tristeza
Brasileira está entre os mortos atropelados em festival no Canadá
Onze pessoas morreram e outras vinte ficaram feridas

A brasileira Kira Salim, de 34 anos, que vivia no Canadá há quase três anos, segundo familiares, está entre as 11 vítimas fatais de um atropelamento ocorrido durante um festival de rua em Vancouver, no Canadá, na noite de sábado (26), horário local, e na madrugada de domingo (27), no horário de Brasília. O acidente também deixou outras 20 pessoas feridas. O suspeito de conduzir o veículo foi detido pelas autoridades.
O atropelamento ocorreu por volta das 20h de sábado (26), durante um evento realizado em um bairro da zona sul da cidade.
A emissora canadense CBC confirmou com a polícia que as vítimas fatais tinham entre 5 e 65 anos. O atropelamento aconteceu durante as celebrações do Dia de Lapu-Lapu, uma festividade cultural filipina que homenageia o líder indígena Lapu-Lapu, conhecido por ter derrotado as forças coloniais comandadas pelo navegador português Fernão de Magalhães.
O festival atraiu cerca de 100 mil pessoas ao longo do sábado, e o atropelamento ocorreu no momento em que o público já começava a se dispersar, segundo a CBC.
Brasileira entre os mortos
Nascida no Rio de Janeiro, Kira era filha de uma argentina e de um gaúcho. Estudou no Colégio Pedro II e formou-se em música pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) em 2015. Posteriormente, fez mestrado em Intervenção Psicológica no Desenvolvimento e na Educação na Universidad Europea del Atlántico, na Espanha.
De acordo com familiares, ela se mudou para o Canadá em 2022, acompanhada do marido, de sua cachorra, resgatada no Brasil e de cinco gatos.
Kira era registrada como conselheira clínica na Associação de Conselheiros Clínicos da Colúmbia Britânica (BCACC) e, desde 2024, trabalhava como orientadora escolar na Fraser River Middle School, em New Westminster.
Em suas redes sociais, expressava o desejo de “apoiar e guiar jovens e comunidades marginalizadas para alcançarem sucesso em suas vidas”.
Ela também atuou como professora de música no ensino médio, ensinando disciplinas como banda, coro e música geral, além de adaptar atividades pedagógicas para alunos neurodivergentes e com deficiências.
Sem filhos, Kira era defensora ativa dos direitos humanos e das causas animal e LGBTQIA+, segundo seus familiares.
Prisão do atropelador
De acordo com o chefe interino da polícia de Vancouver, Steve Rai, o homem suspeito de cometer o atropelamento agiu sozinho. Ele foi identificado como Kai-Ji Adam Lo, de 30 anos, e foi formalmente acusado de homicídio.
Segundo as autoridades, o suspeito já era conhecido da polícia por questões relacionadas à saúde mental.
"No momento, estamos confiantes de que o caso não se trata de um ato de terrorismo", informou o Departamento de Polícia de Vancouver.


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