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    Feminicídio

    Brasileira é morta a facadas na frente dos filhos na França

    Ex-marido é o principal suspeito; agressor morreu na sexta (25)

    Publicado 26/10/2024 às 11:14 | Autor: Enfoco
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    Ex-marido era o principal suspeito pela policia francesa
    Ex-marido era o principal suspeito pela policia francesa |  Foto: Reprodução - Redes sociais

    A brasileira Juliana de Oliveira Salomão, de 41 anos, natural do Espírito Santo, foi morta a facadas pelo ex-marido dentro da casa onde morava na França, na quinta-feira (24). O crime ocorreu na frente dos filhos adolescentes da vítima. Um deles, de 17 anos, chegou a ficar ferido. O principal suspeito do crime morreu nesta sexta-feira (25).

    Juliana de Oliveira Salomão nasceu em Nova Venécia, no Noroeste do Espírito Santo, e morava há cinco anos no país com a família. De acordo com informações da polícia francesa, o ex-marido de Juliana é o principal suspeito do crime. Marcelo Salomão, de 44 anos, não aceitava o término do relacionamento e foi até a casa da ex-companheira na quinta-feira (24).

    No local, junto com a vítima, estavam os filhos de 14 e 17 anos. O agressor discutiu com a mulher e a atacou com golpes de faca. Durante o crime, o filho de 17 anos tentou ajudar a mãe e acabou ferido no braço. O menor e o irmão foram levados para um hospital da região.

    Juliana estava com os filhos de 14 e 17 anos em casa
    Juliana estava com os filhos de 14 e 17 anos em casa |  Foto: Reprodução - Redes sociais

    Conforme a família de Juliana, que vive no Espírito Santo, o agressor tentou se suicidar em seguida, mas foi encontrado em casa pela polícia e encaminhado a um hospital. No entanto, Marcelo Salomão morreu na sexta-feira, conforme a polícia francesa.

    Segundo a irmã da vítima, Danielle de Oliveira Pigatti, os dois já não viviam juntos fazia bastante tempo.

    ‘’Ele invadiu a casa dela e cometeu o crime. Os filhos menores estavam lá com ela, foi machucado. Sofreu um corte no braço, mas está fora de perigo. A polícia de lá só falou isso, que ele foi defender ela, mas nada grave. Ela tinha uma medida protetiva. No começo, ela não queria que a gente soubesse sobre as agressões’’, explicou a familiar em entrevista ao G1.

    Histórico de violência 

    Ele já havia sido preso em junho deste ano por agressão contra a cônjuge. A vítima possuía medida protetiva contra Marcelo. 

    Juliana morava com os três filhos, um de 17, outro de 14 e uma de 21 anos. No entanto, apenas os dois mais novos estavam em casa com a mãe no momento do crime. A filha mais velha estava no Brasil estudando. A família de Juliana busca trazer o corpo da mulher para o Brasil.

    O Ministério das Relações Exteriores, por meio do Consulado-Geral do Brasil em Paris, afirmou que acompanha o caso e está em contato com as autoridades locais competentes. A pasta também se dispôs a prestar assistência à família da brasileira com orientações gerais, expedição de documentos e contatos com o governo local.

    No entanto, o Ministério reforçou que o traslado dos restos mortais de brasileiros falecidos no exterior é decisão da família e não pode ser custeado com recursos públicos

    Família de suspeito se pronuncia

    A família do suspeito divulgou uma nota informando sobre a morte de Marcelo e o ato cometido por ele. Leia na íntegra:

    "É com grande dor e tristeza que compartilho com vocês a notícia da tragédia que ocorreu em nossa família. Nosso irmão, que sempre foi uma pessoa lutadora e dedicada, cometeu um ato inimaginável.

    Embora isso seja inaceitável, é importante lembrar que ele estava passando por um momento de grande luta contra a depressão, uma doença cruel que pode mudar a perspectiva de qualquer pessoa.

    Por muitos anos, o Marcelo juntamente com sua esposa foram os pilares da sua família, provendo e cuidando dela. Ele nunca foi uma pessoa má; ao contrário, sempre foi alguém que nos inspirou com sua força e resiliência.

    Pedimos sua compreensão e apoio enquanto navegamos por essa situação difícil. Oremos juntos para que haja paz e cura para todos os envolvidos.

    Precisamos ter empatia diante da complexidade da situação. Destacamos a história de dedicação e amor do Marcelo para com sua família, ao mesmo tempo que sabemos da gravidade do ato cometido. É importante abordar o tema com sensibilidade e perdoando. Por fim e após a confirmação de que o Marcelo também veio a óbito, os familiares autorizaram a doação dos seus órgãos para aqueles que precisam", diz a nota. 

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