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    Bolsonaro enxerga indícios de maldade em sumiços na Amazônia

    Presidente ainda criticou ministro do STF

    Publicado 13/06/2022 às 20:06 | Autor: Rômulo Cunha
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    Fala foi dita durante entrevista à CBN Recife.
    Fala foi dita durante entrevista à CBN Recife. |  Foto: Alan Santos/PR

    O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta segunda-feira (13) que há indícios de "maldade" no desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips. Ambos estão sumidos desde há mais de uma semana após uma expedição no Vale do Javari, na Amazônia.

    Segundo Bolsonaro, será difícil encontrá-los com vida por causa do tempo de desaparecimento. A fala foi dita em entrevista à CBN Recife. 

    Aspas da citação
    Os indícios levam a crer que fizeram alguma maldade com eles, porque já foram encontradas, boiando no rio, vísceras humanas, que já estão aqui em Brasília para fazer o DNA. E pelo prazo, pelo tempo, já temos hoje oito dias, indo para o nono dia que isso tudo aconteceu, vai ser muito difícil encontrá-los com vida. Eu peço a Deus que isso aconteça, que os encontremos com vida, mas os informes, os indícios levam para o contrário no momento.
    Jair Bolsonaro Presidente
    Aspas da citação
      

    O presidente também criticou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, que pediu apoio de todas as forças nacionais para encontrar as duas vítimas. De acordo com Bolsonaro, o ministro se preocupa apenas com os dois.

    “É dispensável o senhor Barroso dar uma de o dono da verdade e dar cinco dias para o presidente explicar ou achar esses dois que desapareceram lá na região amazônica. Estamos fazendo nossa parte. Agora, dizer para o senhor Barroso que dezenas de milhares desaparecem por ano no Brasil. Ele se preocupou só com esses dois. Nós, via Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, nos preocupamos com todos os desaparecidos no Brasil”, afirmou.

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    Corpos

    De acordo com a família de Dom, os corpos dos desaparecidos foram encontrados nesta segunda-feira (13). O cunhado do jornalista, identificado como Paul Sherwood, contou que recebeu um contato da Embaixada Brasileira no Reino Unido informando o fato.

    No entanto, a informação foi negada pela Polícia Federal e pela União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja). A PF contou que apenas materiais biológicos e itens pessoais foram encontrados. Esses materiais ainda irão passar por análise pericial.

    Neste domingo (12), a Polícia Federal encontrou um cartão de sáude com nome de Bruno Pereira e outros itens da dupla. O Corpo de Bombeiros também achou uma mochila com notebook e um par de sandálias.

    Esse material estava próximo a casa de Amarildo da Costa de Oliveira, também conhecido como "Pelado", principal suspeito de envolvimento no desaparecimento. O homem está preso desde a última terça-feira (7). Manchas de sangue foram encontradas na lancha do suspeito.

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    Ambos estão desaparecidos desde domingo (5).
    Ambos estão desaparecidos desde domingo (5). |  Foto: Reprodução

    O indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips foram visitar outros membros da Vigilância Indígena próximo ao Lago do Jaburu, local de uma Base da Vigilância da Funai no rio Ituí. A ideia era que o jornalista visitasse o local e fizesse algumas entrevistas com os indígenas. Bruno também gostaria de alinhar ideias entre ribeirinhos e indígenas. 

    A presença na base aconteceu na última sexta-feira (3). No caminho de volta neste domingo (5), eles pararam na comunidade São Rafael, antes de chegar em Atalaia do Norte, com com o objetivo de conversar com o líder, identificado como "Churrasco", para consolidar trabalhos conjuntos entre ribeirinhos e indígenas. O homem não estava, mas houve um bate-papo com a esposa do líder comunitário.

    Após o encontro, ambos deixaram a comunidade. No entanto, a família dos dois não tiveram mais notícias sobre seus paradeiros. O trajeto entre São Rafael e Atalaia do Norte deveria ter durado no máximo duas horas.

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