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    Bolsonaro celebra operação policial no Rio que deixou 24 mortos

    Presidente usou sua página oficial para mandar recado à polícia

    Publicado 25/05/2022 às 8:51 | Autor: Ezequiel Manhães
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    Segundo Bolsonaro, parte dos alvos da operação foram responsáveis pelo assassinato de 13 agentes de segurança pública em 2022
    Segundo Bolsonaro, parte dos alvos da operação foram responsáveis pelo assassinato de 13 agentes de segurança pública em 2022 |  Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

    O presidente Jair Bolsonaro (PL) parabenizou equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que atuaram conjuntamente na Vila Cruzeiro, na Zona Norte do Rio nesta terça-feira (24).

    A ação que aconteceu desde a madrugada terminou com pelo menos 24 mortos, segundo a última atualização da Secretaria de Estado de Saúde, nesta quarta-feira (25). O objetivo, segundo a PM, era de prender lideranças criminosas escondidas na comunidade.

    Bolsonaro explicou que a operação vinha sendo planejada há meses e os agentes de segurança monitoravam os passos de chefões do tráfico com objetivo de prendê-los fora da comunidade, o que não foi possível, segundo ele, devido ao ataque da facção.

    "Para se ter ideia do grau de violência dos bandidos, parte dos alvos da operação foram responsáveis pelo assassinato de 13 agentes de segurança pública somente em 2022. "Especialistas" omitem essas informações com o intuito de demonizar aqueles que arriscam suas vidas por nós", afirmou.

    O chefe de Estado lamentou a morte da moradora Gabrielle Ferreira da Cunha, de 41 anos. Ela foi atingida por bala perdida dentro de casa, ainda na madrugada. "Lamentamos pela vítima inocente", escreveu.

    A direção do Hospital Estadual Getúlio Vargas (HEGV) esclarece que 28 pessoas foram encaminhadas à unidade, na Penha, desde a manhã de terça (24). Desse total, 21 chegaram mortas e outras duas evoluíram a óbito após atendimento.

    Quatro pacientes seguem internados, sendo dois em estado grave e dois estáveis, e um foi transferido à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP). Os corpos estão sendo encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) da Secretaria de Estado de Polícia Civil.

    "Gabrielle Ferreira da Cunha não deu entrada na unidade. Os familiares estão sendo acolhidos pela equipe médica, direção da unidade e humanização da Secretaria de Estado de Saúde. Toda assistência está sendo prestada", disse a pasta.

    De acordo com a assessoria da PM, as equipes do Bope e da PRF se preparavam para a incursão, quando criminosos começaram a fazer disparos de arma de fogo na parte alta da comunidade. Uma mulher foi ferida na Chatuba, uma comunidade fora da área da operação, e morreu no local.

    Houve apreensão de 13 fuzis, quatro pistolas e 12 granadas, além de drogas. Os feridos foram encaminhados ao Hospital Estadual Getúlio Vargas.

    Segundo informações do setor de inteligência da PM, três destes feridos seriam de outros estados. Na localidade conhecida como Vacaria, mais de 20 veículos, entre motos e carros, usados por criminosos em fuga, foram apreendidos.

    MP

    O Ministério Público instaurou um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) para apurar as circunstâncias das mortes ocorridas durante operação policial realizada nesta terça no Complexo da Penha, no Rio de Janeiro. 

    O PIC determina que o comando do Batalhão de Operações Especiais (Bope) envie, em um prazo máximo de dez dias, o procedimento de averiguação sumária dos fatos ocorridos durante a operação. 

    Devem ser ouvidos todos os policiais militares envolvidos e indicados os agentes responsáveis pelas mortes, além de esclarecer sobre a licitude de cada uma das ações letais.

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