Assustador
'Bem frio', diz polícia sobre depoimento de menor que atacou escola
Segundo delegado, o adolescente já planejava o fato há um tempo
O adolescente de 13 anos acusado de executar um ataque à Escola Estadual Thomázia Montoro, em São Paulo, prestou depoimento na delegacia. Além dele, outras 32 testemunhas também foram ouvidas, entre alunos e professores da instituição.
"Ele foi frio, bem frio e não demonstrou emoção", disse o delegado Marcos Vinicius Reis, da 34ª DP, sobre a postura do acusado.
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O caso aconteceu na manhã desta segunda-feira (28), quando uma professora foi morta pelo adolescente e outras quatro pessoas ficaram feridas. Nas buscas realizadas na casa do menor, os investigadores encontraram uma arma de airsoft, máscaras semelhantes às que ele usou no ataque e um manuscrito feito pelo rapaz, admitindo que já planejava o ataque há algum tempo.
"Ele passou todas as informações de maneira pormenorizada, admitiu os fatos. As imagens são fortes. O caso está esclarecido. Esperamos que ele permaneça apreendido", concluiu o delegado, afirmando que tudo configura homicídio consumado e tentado.
Agora, as investigações buscam entender o que aconteceu antes do fato e o que possa ter motivado o crime. As redes sociais do menor estão sendo averiguadas, e a polícia quer saber se houve algum tipo de apoio ou instigação para o crime.
O adolescente deixou a delegacia por volta das 18h30 desta segunda e foi encaminhado para o Instituto Médico-Legal da Zona Oeste. De lá, ele foi conduzido ao Juizado da Infância e da Juventude, antes de seguir para uma unidade da Fundação Casa.
ATAQUE
Na manhã desta segunda-feira, a escola foi alvo de um ataque provocado por um adolescente de 13 anos. A professora Elizabeth Tenreiro, de 71 anos, morreu após ser esfaqueada pelo aluno. Segundo o governo paulista, ela era funcionária aposentada do Instituto Adolfo Lutz e, desde 2013, atuava como professora.
Ela chegou à Escola Thomázia Montoro apenas no início deste ano para dar aulas de Ciências. “Segundo a diretora da escola, ela era uma mulher maravilhosa. Havia chegado à escola há pouco tempo e havia encantado os alunos. Ela já podia se aposentar, mas não queria por amar a profissão”, disse o secretário.
Em homenagem à professora, o governo de São Paulo decretou três dias de luto oficial no estado.
Outros três professores e um estudante ficaram feridos no ataque. Um estudante também foi atendido em estado de choque. Todos eles já receberam alta, com exceção da professora Ana Célia da Rosa, que segue internada no Hospital das Clínicas de São Paulo. Ela passou por uma cirurgia para sutura dos ferimentos, mas passa bem.
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