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    Investigação

    Bebê de 8 meses morre após tomar açaí; suspeita é de envenenamento

    Prima da criança está internada em estado grave

    Publicado 24/04/2025 às 11:33 | Autor: Enfoco
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    Yohana Maitê, chegou a ser levada para a UPA, mas não resistiu
    Yohana Maitê, chegou a ser levada para a UPA, mas não resistiu |  Foto: Reprodução

    Uma bebê de apenas 8 meses morreu após tomar um açaí com granola entregue por um motoboy no bairro Felipe Camarão, em Natal, no Rio Grande do Norte. O caso aconteceu no último dia 14 e a suspeita é de envenenamento. A prima da criança, de 50 anos, também está internada na UTI, entubada e em estado grave.

    Segundo relatos de familiares, Geisa de Cássia Tenório Silva, de 50 anos, e Yohana Maitê Filgueira Costa, de 8 meses, passaram mal após tomarem um açaí que Geisa ganhou como presente. No total, foram três dias seguidos recebendo encomendas misteriosas.

    A primeira aconteceu no dia 13 de abril, quando um motoboy entregou um bicho de pelúcia e chocolates. No presente, havia uma mensagem de amor, mas sem nenhuma assinatura. De acordo Yago Smith, filho de Geisa, ela comeu o chocolate e nada aconteceu.

    No dia seguinte, Geisa recebeu um açaí com granola. Familiares brincaram com a situação afirmando que a mulher estaria recebendo presentes de um admirador secreto. Foi então que ela dividiu um pouco do açaí com a pequena Yohana. Cerca de meia hora depois, a bebê começou a passar mal e precisou ser levada para uma UPA. No entanto, ela não resistiu e faleceu pouco tempo depois.


    Aspas da citação
    Os sinais vitais dela estavam baixo, o batimento do coraçãozinho baixo, mas com o tempo, ela teve uma melhora, tentaram transferir ela da UPA para o Hospital Maria Alice. A gente não chegou a sair nem da UPA. Ali mesmo, dentro da ambulância, minha filha veio a óbito
    Danielle Priscila Silva, mãe de Yohana
    Aspas da citação

    Geisa, que também tomou o açaí, começou a passar mal logo depois. Ela recebeu uma medicação na UPA para se acalmar, pois os profissionais acreditavam que ela estava nessa situação por estar nervosa. A mulher melhorou e foi para casa. "Na terça-feira ela acordou muito bem como se nada tivesse acontecendo, somente triste pela notícia do falecimento", lembrou o filho de Geisa, em entrevista ao portal G1.

    No entanto, pelo terceiro dia seguido, mais uma encomenda é entregue na casa de Geisa. "Ela recebeu novamente uma encomenda. Até então, a gente não tinha maldado nada, não tinha imaginado nada do tipo. Ela guardou novamente no congelador, almoçou, e após o almoço ela tomou açaí. Dessa vez, não passou nem 15 minutos e ela já começou a passar muito mal. E aí meu irmão mais velho levou ela pra UPA. Dessa vez, ela foi e ficou, porque ela já ficou em estado muito grave", contou o filho.

    Bicho de pelúcia entregua à Geisa
    Bicho de pelúcia entregua à Geisa |  Foto: Reprodução/Inter TV

    Suspeita de envenenamento

    Com isso, os médicos começaram a desconfiar de envenenamento. A família foi orientada pelos profissionais a procurar a Polícia Civil para investigar o caso.

    "Disseram que eu procurasse a delegacia para poder fazer o exame toxicológico, porque na UPA não faz. Eu cheguei na delegacia e eles já levaram tudo, as amostras, para aprofundar essa investigação. Passou uns 40 minutos após eu fazer o boletim de ocorrência, vieram em casa e levaram a amostra do açaí, levaram os papéis que vieram, as cartas, só não levaram o urso", revelou.

    Ainda de acordo com o filho de Geisa, os investigadores colheram as digitais para tentar identificar e localizar o motoboy para saber quem solicitou as entregas.

    O que diz a Polícia Civil

    O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Natal, que afirmou, apesar das suspeitas, ainda não ter como confirmar a causa da morte como envenenamento.

    "O laudo pericial ainda não foi concluído. Existe a possibilidade de envenenamento, contudo, qualquer afirmação nesse sentido, neste momento, seria precipitada. Testemunhas foram ouvidas e a Polícia Civil segue acompanhando o caso para dar continuidade à apuração dos fatos", afimou a Polícia Civil.

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