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    Atletas brasileiros presos no Sudão tentam retornar: 'Assustador'

    País africano vive conflito armado há cerca de três dias

    Publicado 18/04/2023 às 15:34 | Autor: Gabriel Villa Nova
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    Brasileiros estão presos em hotel devido ao conflito armado no Sudão
    Brasileiros estão presos em hotel devido ao conflito armado no Sudão |  Foto: Divulgação/Paulo Sérgio

    Um grupo de nove atletas brasileiros, que foram para Cartum, capital do Sudão, para jogar no clube Al-Merreikh, agora está preso e tentando retornar ao Brasil devido ao conflito armado no país. Com medo, eles estão trancados em um hotel residencial e relataram momentos de pânico. 

    Dos nove jogadores, seis são do Rio, um do Paraná, um de São Paulo e um de Minas Gerais. Um desses atletas é Paulo Sérgio, de 33 anos e que foi revelado pelo Flamengo. Ele estava disputando o Campeonato Paulista quando recebeu o convite para jogar no Al-Merreikh, do Sudão, vendo uma oportunidade de atuar em competições internacionais com grande visibilidade.

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    Em entrevista ao 'G1', Paulo Sérgio faz um apelo ao governo e relatou os momentos de tensão vivido nos últimos dias no país africano.

    “A gente não sabe o que vem pela frente, qual é o desenrolar disso. A gente acorda, faz as refeições e passa o dia conversando. A comida começa a acabar. Estamos fracionando. A luz e a internet estão caindo. A gente tenta poupar os dados, mas o nosso medo é ficar incomunicável. A gente não sabe o que vai acontecer”, contou Paulo Sérgio.

    O governo sudanês impôs um toque de recolher depois que o principal grupo paramilitar do país anunciou, no sábado (15), que havia tomado o palácio presidencial, a residência do chefe do Exército e o aeroporto internacional de Cartum em uma aparente tentativa de golpe. No entanto, os militares afirmaram que estavam retaliando.

      

    Assustado, Paulo Sérgio teme o que pode acontecer nos próximos dias, principalmente pelos ataques de tiros e bombas próximos ao hospital.

    “É assustador. Porque você não tá no seu país, você não fala a língua e não sabe o que pode vir. Ainda mais porque estou no hotel, então se eu estivesse na minha residência com os outros brasileiros seria mais fácil. O hotel é bom, mas a gente não sabe o que tá lá fora. Não sabemos se pode ter risco de bombas, se podem entrar no hotel, o que eles podem fazer com os estrangeiros. A gente não tem para onde correr", contou o atacante.

    Aspas da citação
    É assustador. Porque você não tá no seu país, você não fala a língua e não sabe o que pode vir [...] Não sabemos se pode ter risco de bombas, se podem entrar no hotel, o que eles podem fazer com os estrangeiros. A gente não tem para onde correr"
    contou Paulo Sérgio
    Aspas da citação
      

    Os intensos confrontos entre o Exército e um grupo paramilitar no Sudão, que começaram há três dias, já deixaram mais de 200 pessoas mortas e outras 1,8 mil feridas. Paulo Sérgio, atualmente, está focado em retornar ao Brasil assim que for possível, assim que as pontes aéreas abrirem e o aeroporto voltar a funcionar.

    "As pontes aéreas estão fechadas, assim como o aeroporto, tá um silêncio no ar, mas daqui a pouco volta a ter barulho de tiro. Estamos torcendo para situação se tranquilizar e podermos voltar (para o Brasil). Minha esposa e minha filha permaneceram no Rio quando vim para o Sudão. Estávamos tratando de elas virem para cá passa", disse.

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