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    Atleta paralímpico sofre constrangimento em aeroporto do Rio

    Publicado 10/12/2021 às 21:39 | Atualizado em 12/12/2021 às 11:07 | Autor: Gabriel Sereno
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    Imagem ilustrativa da imagem Atleta paralímpico sofre constrangimento em aeroporto do Rio
    Após meia hora de espera, o funcionário da empresa acionou o Ambulift ( veículo com uma plataforma elevatória que leva o cadeirante até o nível da porta do avião). Foto: Arquivo Pessoal

    O atleta paralímpico de tênis de mesa Vitor Penalva, de 25 anos, passou por constrangimento, junto com o pai Roberto Costa, na último dia 3, no Aeroporto Santos Dumond, no Rio. Eles estavam a caminho do Campeonato Brasileiro de Interclubes, TMB Platinum, disputado em Joinville (SC).

    Segundo Roberto, ao chegarem no aeroporto, com cerca de duas horas e meia de antecedência, notificaram a Azul Linhas Aéreas que haveria um cadeirante [Vitor] a bordo. Mas ao seguirem para o embarque, ainda no pátio do aeroporto, a cadeira de rodas disponibilizada pela companhia aérea para levar Vitor para o avião estava sem bateria.

    De acordo com o pai do atleta, um funcionário da empresa ainda solicitou uma nova cadeira, mas Vitor foi deixado no sol. O desconforto e constrangimento foi percebido por outros passageiros, que teriam se irritado com a situação.

    O atleta acabou sendo reconduzido ao ônibus, improvisado para levar Vitor à aeronave. Foram mais meia hora até ser acionado o Ambulift (veículo com plataforma elevatória para deslocar cadeirantes ao nível da porta do avião).

    Mais decepção

    Atleta paralímpico sofre constrangimento
    Vitor ficou esperando quase uma hora até que sua cadeira fosse encontrada por funcionários da Companhia Aérea. Foto: Arquivo Pessoal

    Para a tristeza do atleta o que foi ruim ainda iria piorar. Isso porque na chegada ao Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), outra surpresa. A cadeira de Vitor, que precisou ser despachada no embarque, havia sido perdida, segundo relatou o pai do atleta.

    O pai de Vitor relata ainda que um funcionário da empresa chegou a duvidar se realmente a cadeira havia sido embarcada na aeronave. Roberto relata que apenas após a ajuda do copiloto da aeronave a cadeira apareceu, porém estava danificada.

    Todo o transtorno fez com que eles perdessem e voo de conexão para Joinville (SC). O que teria prejudicado o planejamento de treino.

    Ao cobrar explicações da companhia aérea para saber se a reclamação tinha sido protocolada, a Azul teria informado que o relatado seria referente sobre um 'pequeno atraso'.

    A cadeira do atleta foi feita sob medida em uma empresa americana e possui valor médio de R$ 30 mil.

    Questionada sobre o constrangimento denunciado pai de Vitor, a Azul negou ter devolvido a cadeira de rodas danificada e que não registrou nenhuma reclamação sobre eventuais defeitos no objeto após o desembarque.

    No entanto a companhia não prestou qualquer justificativa relativas a capacitação e preparo de equipes em atendimentos a deficientes físicos ou mentais.

    Normas de acessibilidade

    Apesar do ocorrido com o atleta paralímpico, segundo a Agêcnia Nacional de Aviação Civil (Anac), entre as três empresas aéreas brasileiras que mais transportaram passageiros neste segundo trimestre, a Azul foi a que apresentou o menor número de reclamações em relação a serviços prestados.

    No entanto a agência faz o alerta para as regras de acessiblidade que todas as companhias devem seguir.

    A Resolução n°280 reforça que passageiro com necessidade de atendimento especial (PNAE) tem direito aos mesmos serviços prestados aos demais pasageiros, porém em condições de atendimento prioritário, em todas as fases de sua viagem. Inclusive, as companhias aéreas e administradores dos aeroportos devem ter profissionais treinados e capacitados para atender este público. A prestação de assistência especial, não deve gerar nenhum ônus ao passageiro com necessidade de atendimento especial.

    O operador aéreo deve realizar o embarque do passageiro prioritariamente em relação a todos os demais. Em caso de atrasos ou pouco tempo para a saída do voo de conexão, o desembarque do passageiro com necessidades especiais deve ser prioridade. As bagagens despachadas por esse passageiro, também são priorizadas durante toda etapa da viagem.

    A responsabilidade pela assistência ao PNAE, em voos de conexão, permanece com o operador aéreo que realizou a etapa de chegada até que haja a apresentação ao operador da etapa de partida. O passageiro deve ter acesso a todo momento as informações, as instruções em relação as etapas da sua viagem.

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