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    Ataque a hospital em Gaza deixa cerca de 500 mortos

    Hamas afirma que número de vítimas passa de 870

    Publicado 17/10/2023 às 21:51 | Autor: Agnes Aguiar
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    Ataque é considerado o pior desde 2008
    Ataque é considerado o pior desde 2008 |  Foto: Reprodução

    Uma explosão no hospital batista al-Ahli Arab no Centro da cidade de Gaza deixou ao menos 500 pessoas mortas, na tarde desta terça-feira (17). Ainda não se sabe quem foi o responsável pelos ataques. De um lado, o grupo Hamas acusa Israel. O estado judeu, junto das Forças Armadas, alega que a Jihad Islâmica é responsável pelo disparo.

    De acordo com o Hamas, o número de vítimas já passa dos 870. Segundo o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, foram declarados três dias de luto, como informou a agência oficial Wafa. A unidade hospitalar é considerada uma das mais antigas de Gaza, tendo sido fundada em 1882.

    "Um novo crime de guerra cometido pela ocupação no bombardeio do Hospital Al-Ahli Arabi, no centro da Cidade de Gaza, resultando na chegada de dezenas de mártires e feridos ao Complexo Médico Al-Shifa devido ao bombardeio. Deve-se notar que o hospital abrigou centenas de pacientes, feridos e pessoas deslocadas de suas casas à força devido aos ataques aéreos", diz um comunicado do Hamas no Telegram.

    Ashraf al-Qidra, porta-voz do Ministério da Saúde palestino em Gaza, no entanto, disse em uma entrevista televisiva local, que ao menos 500 palestinos foram mortos durante o ataque no hospital batista.

    Segundo o jornal britânico “BBC”, as Forças de Defesa de Israel informaram que ainda não se tem detalhes sobre o suposto ataque.

    De acordo com a rede de televisão al-Jazeera, o hospital "ainda está em chamas". Eles descrevem que o cenário local, depois do ataque, é "catastrófico". "Ainda há pessoas sob os escombros dos edifícios destruídos. As equipes médicas estão tentando retirar as vítimas, mas há um número crescente de feridos em diferentes áreas da Faixa de Gaza", diz o site do canal.

    As ruas das cidades de Nablus, Tulkarem e Jenin chegaram a ser tomadas por palestinos que protestaram contra o bombardeio na unidade de saúde.

    A Cisjordânia, que é governada pela ANP, no entanto, sob controle militar israelense, percebeu que houve um alastramento do conflito entre Israel e o Hamas para o território desde o último sábado.

    De acordo com informações divulgadas pela Al Jazeera, o recente ataque ao Hospital al-Ahli por parte de Israel é considerado o mais mortal em cinco conflitos ocorridos desde 2008.

    “O massacre no Hospital Al-Ahli Arab não tem precedentes na nossa história. Embora tenhamos testemunhado tragédias em guerras e dias passados, o que aconteceu esta noite equivale a um genocídio”, disse o porta-voz Mahmoud Basal.

    Zaher Sahloul, representante da organização humanitária MedGlobal sediada nos Estados Unidos, descreveu o incidente com um grande número de vítimas como “o pior ataque a uma instalação médica no século XXI”.

    “Bombardear hospitais é contra o direito internacional. É um crime de guerra. Isso mina a neutralidade médica e as Convenções de Genebra de 150 anos, e priva uma comunidade palestina local em dificuldades do acesso aos cuidados de saúde”, afirmou. “Isso agrava o trauma na Faixa de Gaza, enviando a mensagem de que nenhum lugar é seguro, nem mesmo dentro de um hospital”.

    Apesar do deslocamento de mais de 500 mil civis para o sul da Faixa de Gaza em resposta ao ultimato israelense para a desocupação da região ao norte do rio Wadi Gaza, as Forças Armadas israelenses continuaram bombardeando a área do enclave que muitos consideravam segura durante o conflito.

    Segundo autoridades palestinas, nas últimas 24 horas ocorreram 80 mortes e várias pessoas ficaram feridas devido aos bombardeios na região.

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