Luto
Assassinato de Isabela Nardoni completa 14 anos; veja como ela seria
Artista projetou rosto da menina com 19 anos
A morte da menina Isabela Nardoni, assassinada aos cinco anos pelo pai, Alexandre Nardoni, em um condomínio de São Paulo, em março de 2008, completa nesta terça-feira (29) 14 anos. Além do pai, a madrasta da menina, Ana Carolina Jatobá, foi acusada de participação no caso. Os dois foram condenados, somando as penas, a 56 anos e dez meses de prisão e cumprem sentença em regime semiaberto na penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo.
Para lembrar a morte da menina, o artista Hidreley Diao fez uma projeção, através de computação gráfica, de como ficaria o rosto de Isabela que estaria, hoje, com 19 anos de idade.
Crime
No dia 29 de março de 2008, Isabella foi jogada do sexto andar por seu pai, Alexandre Nardoni. A menina, de cinco anos na época, estava sob tutela de seu pai em um sábado na cidade de São Paulo. Laudos da perícia dão conta de que Isabella sofreu agressões de Alexandre e de sua madrasta, Ana Carolina Jatobá no carro enquanto o casal e a criança estavam voltando para casa.
Vizinhos deram depoimentos de que no dia em que a menina foi jogada houve uma discussão em tom muito agressivo entre o casal. Há também relatos de vizinhos que ouviram gritos da criança, que pedia para seu pai parar.
De acordo com os peritos, ela estava sangrando quando chegou ao apartamento do pai. Havia gotas de sangue espalhadas pela casa e no colchão do quanto em que foi jogada. Também haviam marcas de enforcamento em seu pescoço compatíveis com a mão de sua madrasta. Além disso, havia sangue no tênis de Ana Carolina e no chinelo de Alexandre Nardoni.
Ana Carolina Jatobá foi condenada a 26 anos e oito meses de prisão por homicídio triplamente qualificado. Alexandre Nardoni foi condenado a 30 anos e dois meses. Os dois ficaram presos na cidade de Tremembé, no interior de São Paulo.
João Hélio
O artista também homenageou o menino João Hélio, que morreu aos cinco anos após ser arrastado por quilômetros em um carro, na Zona Norte do Rio, em 2007. João Hélio estaria com 20 anos atualmente.
No dia 7 de fevereiro de 2007, por volta de 21h, no bairro de Oswaldo Cruz, na Zona Norte do Rio, João Hélio estava no banco de trás de um carro enquanto voltava para a casa com sua mãe e irmã, que estavam nos dois bancos da frente. Ao parar em um sinal, a família foi rendida por criminosos que anunciaram o assalto.
A mãe e irmã de Hélio saíram do carro e tentaram tirar o cinto de segurança do menino, que tinha apenas cinco anos. Pela demora, os criminosos mandaram que elas saíssem dali e um dos bandidos jogou o menino para fora do carro e fechou a porta, mas ele continuou preso ao sinto de segurança.
Os criminosos arrastaram o menino por cerca de 7 quilômetros até o bairro de Cascadura, causando sua morte. Lá, deixaram o carro e fugiram do local. A polícia chegou até dois dos criminosos cerca de 18 horas depois do crime, após ter recebido informações de testemunhas. Na delegacia, ambos confessaram o crime (um deles era menor de idade). Posteriormente, o terceiro criminoso foi encontrado.
O crime levou cinco pessoas à prisão. O responsável por dirigir o automóvel, Carlos Eduardo, foi condenado a 45 anos de pena. Diego do Nascimento, que ficou no banco da frente, recebeu a sentença de 44 anos e três meses. Carlos Roberto e Tiago Abreu, que levaram os criminosos até o local, foram condenados a 39 anos de reclusão.
O menor de idade, que foi responsável por render a mãe, além de ter ocupado o banco de trás durante a fuga, foi julgado e condenado pela 2ª Vara de Infância e Juventude da Capital, tendo que cumprir apenas medida socioeducativa.
Na ocasião, João estava no banco de trás do carro de sua mãe, mas foi jogado para fora por criminosos que levaram o veículo após um assalto. O menino ficou agarrado ao cinto do carro e não resistiu aos ferimentos.
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