Esportes
Seleção apresenta melhora no conjunto e brilha mesmo sem Neymar
Faltam 290 dias para a Copa do Mundo do Catar e a torcida brasileira nunca esteve tão empolgada. A três rodadas do fim das Eliminatórias, a Seleção se mantém invicta e demonstrando estar em outro patamar, em relação aos adversários sul-americanos.
A goleada por 4 a 0 diante do Paraguai, no Mineirão, serviu para iludir de vez os brasileiros - sedentos por um título mundial que não vem há 20 anos. Com bom padrão tático, a equipe do técnico Tite vem evoluindo enquanto conjunto e entendimento coletivo, algo fundamental em torneios de tiro curto.
Com uma defesa sólida (apenas 5 gols sofridos em 15 jogos), o time Canarinho melhorou seu desempenho ofensivo. Posicionamento, tabelas, triangulações, passes no ponto futuro e lançamentos, intercalando jogo curto com bolas longas. Muito repertório de um elenco recheado de qualidade e talento.
Resta saber se o nível que atingimos será o suficiente para bater de frente com as principais seleções europeias. Se depender da FIFA, que vetou amistosos contra equipes fortes do Velho Continente, só descobriremos na hora H. Desta forma, nos resta confiar no processo e torcer bastante em novembro.
Temos dois dos melhores zagueiros do mundo - Marquinhos e Thiago Silva. Temos volantes dinâmicos e polivalentes, como Fabinho, Casemiro e Bruno Guimarães; temos pontas rápidos e habilidosos, como Raphinha, Antony e Vinicius Jr; temos atacantes com faro de gol, como Matheus Cunha e Gabigol.
Nos resta aprimorar as laterais — Daniel Alves e Alex Sandro não convencem — embora Alex Telles tenha feito ótima partida diante dos paraguaios. Animador também o ressurgimento de Philippe Coutinho, que poderá ser uma ótima sombra para o excelente Lucas Paquetá, que faz o time rodar no meio.
Neymar
O jogo leve e ofensivo da Seleção fez com que deixássemos de lado o principal nome brasileiro. Machucado e com vida extracampo bastante badalada, Neymar não vive o melhor momento de sua carreira. O segundo maior artilheiro da história canarinha não atua desde 28 de novembro.
No entanto, sem o peso de carregar o time nas costas, o atacante pode encontrar o equilíbrio que o faça despontar na Copa do Mundo; aquela fagulha que inicia o grande incêndio. Entrando em uma equipe já pronta e independente, ele pode ser o fator decisivo que tem nos faltado em grandes decisões.
Em baixa, é hora do 'menino' Ney falar pouco e trabalhar muito. É preciso encontrar a maturidade que o fará usar as críticas como combustível e as pancadas dos adversários como motivação. Estar com a cabeça boa é imprescindível para que o camisa 10 chegue voando no Catar.
Perdeu documentos, objetos ou achou e deseja devolver? Clique aqui e participe do grupo do Enfoco no Facebook. Tá tudo lá!