Eleição
Em meio a briga judicial, CBF tem novo presidente em eleição com só um candidato
Ednaldo Rodrigues é eleito com 137 votos de 141 possíveis
A Confederação Brasileira de Futebol tem um novo presidente pelos próximos quatro anos. Ednaldo Rodrigues, de 68 anos, foi eleito enquanto candidato único nesta quarta-feira (23). Ele recebeu 137 dos 141 votos possíveis e pode disputar até uma reeleição - em novo pleito previsto para março de 2026.
A CBF resolveu realizar a eleição mesmo diante de um processo movido por um dos, até então, vice-presidentes da entidade, Gustavo Feijó. O pleito chegou a ser suspenso pelo Tribunal de Justiça de Maceió. A liminar previa multa diária de R$ 50 mil pelo descumprimento - mas a entidade tenta derrubar a decisão.
Todos os presentes votaram a favor de Ednaldo. Das 27 federações filiadas, todas com peso 3 no voto, apenas a alagoana não compareceu. Os 20 clubes da Série A, todos com peso 2, compareceram e sinalizaram positivo ao novo presidente. Já entre os 20 clubes da Série B, todos com peso 1, somente a Ponte Preta não votou - por irregularidades em sua filiação.
O discurso de vitória de Rodrigues foi repleto de desabafos e demonstrações de mágoa.
"Não foi um processo fácil, nove meses de injúrias, infâmias. E hoje a democracia venceu. Passei o tempo todo me defendendo, sobretudo do preconceito. Todos sabem da minha vida, tenho caráter ilibado. Nesses últimos meses, eu sofri todo tipo de pressão, de preconceito, tive meus telefones grampeados, meus e-mails violados, o e-mail do gabinete da presidência da CBF também violado. E preconceitos que ainda existem em todos os segmentos da sociedade por ser do Nordeste, por ser baiano, por ser do interior, de Vitória da Conquista e que me orgulho de ser filho. O preconceito por ser negro. Essa é a grande realidade, a grande resposta", afirmou.
Ednaldo era um dos oito vice-presidentes do então presidente Rogério Caboclo - que acabou afastado do cargo após denúncias comprovadas de assédio sexual. O novo eleito promoverá quatro novos vices: Rubens Lopes (presidente da Federação do Rio de Janeiro), Reinaldo Carneiro Bastos (presidente da Federação Paulista), Hélio Cury (presidente da Federação do Paraná) e Roberto Góes (presidente da Federação do Amapá).
Eles se juntam a Antonio Aquino (presidente da Federação do Acre), Fernando Sarney (MA), Francisco Noveletto (RS), Marcus Vicente (ES), que não têm ligações com as federações de seus Estados, totalizando novamente oito nomes.
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