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City elimina PSG e chega à sua primeira final de Champions League
O Manchester City voltou a vencer o Paris Saint-Germain nesta terça-feira (4), desta vez no City of Manchester, na Inglaterra, e garantiu vaga na grande final da Champions League. Com dois gols do argelino Mahrez, o time da casa fez 2 a 0 com facilidade e acabou com o sonho de Neymar e companhia.
O PSG começou jogando em cima do City, numa blitz em busca do primeiro gol. Logo aos seis minutos, um grande susto para os mandantes: o árbitro marcou pênalti de Zinchenko em cruzamento na área. No entanto, através do VAR, o juiz ratificou a decisão ao assinalar que a bola bateu no ombro do lateral-esquerdo.
Os Sky Blues sentiram o susto e resolveram jogar. Adiantando suas linhas e tentando ficar mais com a bola, os comandados de Pep Guardiola voltaram a exibir uma impressionante organização tática. Colocando os franceses na roda, a equipe inglesa partiu de um lindo lançamento do brasileiro Ederson, aos 10 minutos, até encontrar De Bruyne sozinho na entrada da área. Ele arriscou o chute e a bola desviou, caindo nos pés de Mahrez, que chutou cruzado e venceu o goleiro Navas.
Sem Mbappé, Neymar precisou chamar o protagonismo e abusou de jogadas individuais, sofrendo algumas faltas no campo de ataque. Em jogada iniciada pelo atacante brasileiro, aos 16, Di Maria recebeu pela esquerda e cruzou para o decisivo Marquinhos, que subiu mais que todo mundo e cabeceou no travessão.
Na sequência, aos 18, outra grande chance de empate. Ederson saiu jogando com as mãos e Bernardo Silva, desatento, foi desarmado por Di Maria na frente da área. Com o goleiro brasileiro fora da meta, ele bateu colocado e a bola passou raspando na trave, quase fazendo um bonito gol de fora da área.
O City tocava a bola perigosamente dentro da própria área, visando atrair ao máximo o time do PSG para o seu campo, abrindo espaço no sistema defensivo dos visitantes - e, a partir daí, acelerando o jogo de forma vertical com lançamentos em profundidade, principalmente pelos lados do campo. Neste cenário, duas possibilidades: perder a bola e dar chances de gol ao adversário ou conseguir sair e ter boas oportunidades de marcar e praticamente liquidar o confronto.
A movimentação de Gündogan, De Bruyne, Bernardo Silva, Mahrez, Foden e Zinchenko sempre acabava envolvendo a marcação do Paris, deixando o ataque desmarcado e em posição confortável para articular jogadas. O toque de bola quase incansável, marca registrada de Guardiola, faz com que seja quase impossível ter mais posse de bola contra o City.
Já o PSG, sem contar com a mesma organização tática do adversário, apostava na qualidade individual. Neymar e Di Maria eram vistos em todas as partes do campo, enquanto Marquinhos era quase um centroavante. Precisando da virada para levar o jogo para os pênaltis, a equipe de Pochettino só conseguiu ameaçar aos 35. Ander Herrera recebeu na entrada da área e arriscou de canhota, mandando por cima da meta.
A marcação posicional dos donos da casa foi o termômetro do primeiro tempo. Muito bem postado durante os 45 minutos iniciais, o City ocupou bem os espaços e não permitiu avanços organizados, infiltrações e triangulações dos visitantes. O jogo coletivo que levou o clube à liderança isolada da Premier League ia classificando os Azuis também à sua primeira final de Champions League.
Segundo tempo
O Manchester voltou para a segunda etapa subindo muito suas linhas e pressionando a defesa dos visitantes. Nos primeiros oito minutos, Navas fez duas grandes defesas em jogadas geradas por erros na saída de bola do PSG - já desesperado na luta contra o tempo. O jovem Foden ficou cara a cara duas vezes com o goleiro parisiense, mas não conseguiu marcar.
Desorganizado, o Paris deixava muitos buracos no campo de defesa. Em um contra-ataque de manual, Foden recebeu em profundidade e cruzou com perfeição para Mahrez marcar seu segundo gol no jogo, aos 17, sacramentando a classificação dos donos da casa. Superiores nas duas partidas tecnica e taticamente, os Cityzens fizeram historia ao garantirem vaga na grande decisão no Estádio Olímpico Atatürk, na Turquia, no dia 29 de maio.
Comprovando o destempero dos visitantes, o argentino Di Maria foi expulso aos 23 minutos da segunda etapa. Fora do lance e sem bola, ele deu um pisão no brasileiro Fernandinho e deixou os parisienses com um a menos na reta final do confronto.
Foden ainda acertou a trave aos 31, após receber passe em profundidade de Fernandinho. Com o PSG já entregue, o City administrou o resultado, mas poderia ter estabelecido um placar ainda mais pesado. No agregado, o 4 a 1 acabou ficando barato perto do que as equipes apresentaram nos 180 minutos.
Apesar do forte investimento do sheik Nasser Al-Ghanim Khelaïfi, não será nesta temporada que o Paris Saint-Germain chegará ao título da Liga dos Campeões. O clube chegou ainda mais perto na temporada passada, ao ser derrotado na final pelo Bayern de Munique.
Já o Manchester City colhe os frutos do trabalho a longo prazo do gênio Guardiola. O espanhol já conquistou nove títulos com o clube inglês, além de estar em vias de levantar sua terceira Premier League e chegar na decisão do maior sonho do sheik Mansour Bin Zayed Nayhan, dono do clube, e da torcida dos Sky Blues.
Agora o City descansa e aguarda a definição do seu adversário da final. Chelsea e Real Madrid se enfrentam no Stamford Bridge nesta quarta-feira (5). No jogo de ida, 1 a 1 no Estádio Alfredo Di Stéfano - o que dá a vantagem do empate sem gols aos Blues, que também nunca conquistaram a UCL. Já o Real Madrid, maior campeão da historia da competição, busca a vitória para lutar por sua 14ª taça.
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