CBF marca nova eleição após saída de presidente

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) fará uma nova eleição no dia 25 de maio para escolher o presidente que vai comandar a entidade entre 2025 e 2029. A votação foi convocada nesta sexta-feira (16) por Fernando Sarney, presidente interino, após decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro que afastou Ednaldo Rodrigues do cargo.

Sarney assumiu a presidência interinamente por ser o vice mais antigo da entidade. Ele foi nomeado interventor depois que a Justiça questionou a legalidade da eleição de Ednaldo em 2022.

A decisão judicial partiu do desembargador Gabriel Zefiro, que atendeu a pedido feito por meio de uma ação que trata de suposta falsificação da assinatura do Coronel Nunes, outro vice-presidente da CBF.

No edital, Fernando Sarney informou que o processo será conduzido de forma “transparente, democrática e participativa”. A eleição também vai escolher oito vice-presidentes, além de seis nomes para o Conselho Fiscal, três titulares e três suplentes.

A publicação oficial do edital será feita neste sábado (17), em jornal de grande circulação. As inscrições de chapas poderão ser feitas entre os dias 18 e 20 de maio.

“Em cumprimento à ordem judicial que determinou que fossem convocadas novas eleições o mais rápido possível, informo que amanhã será publicado o Edital de Convocação para Assembleia Geral Eleitoral da Confederação Brasileira de Futebol (CBF)”, afirmou Sarney.

Ele também disse que a eleição será organizada por uma comissão independente, como previsto na Lei Pelé.

Afastamento

Essa é a segunda vez que Ednaldo Rodrigues é afastado do comando da CBF. Em 2023, ele também havia sido destituído por causa de uma ação que questionava o acordo feito entre a CBF e o Ministério Público do Rio de Janeiro, que permitiu sua eleição.

No caso mais recente, a Justiça questiona se Coronel Nunes, que assinou documento validando a eleição de 2022, tinha condições de saúde para isso.

Segundo o processo, ele passou por uma cirurgia no cérebro durante um tratamento contra câncer, o que teria causado problemas cognitivos. Laudos médicos apontam que, desde 2018, ele não estaria apto para assinar documentos legais.