Olimpíadas
Boxeadora deixa luta aos 46 segundos; entenda polêmica com rival
Caso gerou diversas críticas nas redes sociais
Uma luta de boxe pelos Jogos Olímpicos de Paris, nesta quinta-feira (1º), vem gerando polêmicas nas redes sociais.
Isso porque a lutadora italiana Angela Carini abandonou o ringue com apenas 46 segundos após sentir fortes dores no nariz ao ser golpeada pela boxeadora argelina Imane Khelif. O assunto chegou a ser um dos mais comentados do X (antigo Twitter).
A participação de Khelif gerou diversas críticas, já que ela foi desclassificada do mundial do ano passado por ter sido reprovada em um teste de gênero. A luta valia pela categoria até 66 kg. Ela foi autorizada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) a participar dos Jogos Olímpicos 2024.
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Na luta realizada nesta quinta, Angela Carini desistiu poucos segundos após o início. Ela até tentou retornar, mas não conseguiu. Em entrevista, a atleta afirmou que estava sentindo dores no nariz. Após a desistência, a lutadora italiana se ajoelhou no ringue e começou a chorar. No final, ela não cumprimentou a argelina.
"Levei a segunda pancada no nariz e doeu muito. Não tive vontade de continuar. Independentemente de tudo, está tudo bem. Eu não perdi esta noite… Eu só fiz meu trabalho como lutadora. Entrei no ringue e lutei. Não consegui. Estou saindo com a cabeça erguida e o coração partido. Sou uma mulher madura. O ringue é minha vida. Sempre fui muito instintiva. E quando sinto que algo não está certo, não é desistir, é ter maturidade para parar. Ter maturidade para dizer: ‘Ok, já chega’.”", disse a italiana.
🚨URGENTE - Angela Carini abandona a luta contra uma mulher trans nas olimpíadas de Paris!
— SPACE LIBERDADE (@NewsLiberdade) August 1, 2024
Ela foi admitida na competição pelo comitê olímpico! pic.twitter.com/WFtehOfibD
Angela Carini revelou que estava com dificuldades para respirar.
“Entrei no ringue e tentei lutar. Eu queria vencer. Recebi duas pancadas no nariz e não conseguia mais respirar, doeu muito, procurei o Maestro Renzini e com maturidade e coragem disse basta”, contou.
A comissão técnica italiana acrescentou: “Ela teve um problema dentário há alguns dias, estava tomando antibióticos e pensei que esse fosse o problema. Conhecíamos Khelif, não a considerávamos imbatível. Angela não entrou no ringue derrotada. Ela preparou-se escrupulosamente. É triste vê-la sair assim”.
Quem não ficou satisfeita foi a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, que afirmou que não se tratava de uma "luta entre iguais".
“É fato que, com os níveis de testosterona presentes no sangue da atleta argelina, a luta não parece justa. Houve também questões de segurança e devemos ter cuidado, na tentativa de não discriminar. Sempre procuro explicar que algumas teses levadas ao extremo correm o risco de impactar especialmente nos direitos das mulheres. Acho que atletas que possuem características genéticas masculinas não devem ser admitidas em competições femininas. Não para discriminar alguém, mas para proteger o direito das atletas femininas de poder competir de igual para igual”, acrescentou Meloni.
O ministro da Infraestrutura da Itália também criticou a participação de Khelif na luta. "Parece pouco olímpico que um homem lute contra uma mulher", declarou.
Nas redes sociais, espectadores comentaram sobre a polêmica: "Isso é um absurdo! As forças são completamente desproporcionais. Como autorizam um homem a lutar contra uma mulher em uma Olimpíada? Sem comentários!", escreveu uma. "Surreal o que aconteceu na Olimpíada agora. Um homem lutou contra uma mulher e acharam isso normal... Ela não aguentou e desistiu da luta. Que veronha!", disse outro.
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