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Vício em jogos eletrônicos já é considerado doença. Atenção aos sintomas
Com a pandemia do coronavírus, iniciada em 2019, as pessoas acabaram mais tempo em casa e buscando algum tipo de diversão. Dessa forma, diversos indivíduos conseguiram encontrar esse entretenimento em vídeogames. Porém o excesso dessa prática, que deveria ser apenas um hobby, está preocupando a sociedade em geral, chegando a ser reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como o 'distúrbio dos games', que agora faz parte do CID-11 (11ª edição do documento da OMS que tem como objetivo catalogar os diversos distúrbios de saúde).
O que é a CID-11?
A CID é a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde, e em sua 11ª versão, em vigor desde janeiro, foram adicionados, além do Distúrbio dos Games, a Síndrome de Burnout e a reclassificação da transexualidade, retirando-a de Distúrbio de Identidade de Gênero, colocando-a como uma 'Incongruência de Gênero', não sendo mais considerada uma doença.
Distúrbios dos Games
Mas antes de acusar qualquer pessoa que goste de jogar videogame de doente, é preciso se atentar aos sintomas reais da enfermidade e diferenciar um viciado em games de um jogador empolgado. Os principais sintomas são:
- Falta de controle de tempo sobre o videogames, ou seja, quando o indivíduo passa muitas horas jogando.
- Aumento constante da prioridade do videogame em comparação com outros interesses na sua vida, como deixar de trabalhar, estudar e até mesmo cuidar da sua saúde para jogar.
- Noção que o videogame tem prejudicado negativamente na sua vida pessoal e ainda assim continuar com os hábitos nocivos.
Vale a pena ressaltar que a pessoa só pode ser diagnosticada com distúrbio dos games, caso esses sintomas se prolonguem por mais de 12 meses. Com isso, evita-se que um jogador entusiasmado seja confundido com um viciado, já que um gamer empolgado pode sim passar diversas horas em frente ao console, porém a dedicação ao jogo tende a diminuir ou ser pausada para se dedicar a outras tarefas da rotina.
O vício
Perseguido desde os anos 90, os jogos eletrônicos sempre foram pautas entre um seleto grupo de pessoas que crucificam a prática, afirmando fazer mal a saúde e provocar alienação dos jovens. Com a decisão da OMS de reconhecer o 'distúrbio', pode surgir um novo argumento para criticar os consoles e jogos em geral. Lembrando que a própria Organização Mundial de Saúde já deixou claro que o problema está no vício, ou seja, no excesso. Da mesma forma que comer é algo benéfico, porém sua compulsão e vício é extremamente prejudicial, jogar videogame, como qualquer outra forma de entretenimento, se praticada demasiadamente, também traz malefícios à saúde.
Além disso, os games possuem diversas vantagens, sendo considerados até mesmo uma terapia para a terceira idade, pois a 'gameterapia' melhora a estratégia e raciocínio lógico, fortalece as articulações da mão e alivia o estresse.
Tratamento
O segredo para que a prática de jogar videogame seja sempre positiva é o equilíbrio, ou seja, saber quando pode jogar e quando é a hora de parar, sempre colocando-a como um hobby, uma diversão, e não prioridade total na vida, sendo priorizada até mesmo acima do trabalho, estudo e relacionamentos. E se caso você conhece alguém com esses sintomas, compatíveis com o distúrbio dos games, é necessário procurar ajuda profissional especializada, pois, assim como outras doenças, há tratamento.
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