Arte
Peça gratuita tem interação de artista com público na Zona Oeste
Evento acontece neste sábado em Jacarepaguá
Um homem carregado de objetos chega à praça pública para convidar os que estão ali presentes a entrarem em sua cabeça. Ali dentro, nos pensamentos dele, tudo se resume a madeira e metal. Solitário, ele pede companhia ao público e dialoga consigo mesmo entre seus dois eus: o que vê metal e o que sente a madeira.
O som das placas dos seus pés soa a um ritmo que atrai as pessoas. Apresentação feita, ele pode começar a contar o que se passa em suas ideias, sonhos e visões. Assim, numa sucessão de números circenses e cômicos sem falas, 'O homem que só vê metal' tem como fio condutor esse enigmático personagem que percebe que com o seu compasso pode atrair para si a parceria ideal para realizar o maior desejo, que é apresentar a sua incrível descoberta sobre de que o mundo é feito.
Esse é o primeiro espetáculo solo do artista circense uruguaio radicado no Brasil Ernesto Poittevin. As apresentações são gratuitas e acontecem nos dias 12, 13, 18, 19 e 20 de agosto, em lonas culturais das zonas Norte e Oeste.
“O espetáculo trata muito do lugar que cada um de nós temos dentro da cidade, desse espaço urbano, da correria do dia a dia. E tudo isso sem perder a alegria”, explica o artista, que destaca a importância de se apresentar nas lonas culturais do Rio: “A gente precisa preencher esses lugares com cultura, trazer o público mais para perto dos diferentes estímulos que a cultura pode provocar. Através das artes, podemos fazer a vida da cidade um pouco melhor para todos”.
Para chegar ao formato atual, foram três meses de criação e montagem. E muitos ensaios! Como parte da colcha de retalhos dramatúrgicos que prendem o espectador, Ernesto Poittevin utiliza as técnicas de sapateado, percussão corporal, malabarismo e mágica, além de se equilibrar sobre cubos de madeira. Essas peças, aliás, servem ainda como cenografia. Tudo, claro, conduzido com humor e com a experiência do intérprete com teatro físico, comicidade, dança e palhaçaria. Esta obra é a continuação da pesquisa que eu venho realizando desde o começo do isolamento social.
“O homem que só vê metal” não tem fala, mas se comunica tanto com aqueles que se interessam pela destreza quanto com aqueles que se sentem tocados pelo humor. Ele causa interesse nos adultos, terceira idade, jovens, e entretém as crianças", garante ele, que acrescenta: “Normalmente, as pessoas ficam curiosas quando nos veem em apresentações em praças, por exemplo, e vão observando mais de longe até terem confiança o suficiente para chegarem mais perto. E quando a gente menos espera, forma-se uma roda com todo mundo interagindo. São as duas partes criando confiança mútua nesse momento. Cada lugar é único, e é isso que faz com que esse tipo de peça seja tão especial”.
Ficha técnica: 'O homem que só vê metal'
Dramaturgia: Ernesto Poittevin, Roberto Rodrigues e Ruy Carvalho
Direção: Roberto Rodrigues
Direção de movimento e Preparação Corporal: Ruy Carvalho
Elenco: Ernesto Poittevin
Cenário e Figurino: Carla Ferraz
Iluminação: Lucas
Trilha sonora: Gustavo dos Santos Tavares
Sapateado: Flávia Costa
Arte: Silvi Ojeda
Produção: Carol Salles
Serviço: 'O homem que só vê metal'
12/08 - Sábado: Lona Cultural Jacob do Bandolim (Praça do Barro Vermelho,
s/nº, Praça Geraldo, Jacarepaguá), às 17h.
13/08 - Domingo: Lona Cultural Carlos Zéfiro (Estr. Mal. Alencastro, s/nº,
Anchieta), às 16h.
18 e 19/08 - Sexta e Sábado: Areninha Carioca Sandra Sá (Rua 12, nº1, Santa
Cruz), às 17h.
20/08 - Domingo: Lona Cultural Jacob do Bandolim (Praça do Barro Vermelho,
s/nº, Praça Geraldo, Jacarepaguá), às 16h.
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