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Pai de Tiago Leifert dispara: 'esporte preferido do brasileiro é falar mal'
Gente, esse babado parece estar longe de acabar! O pai de Tiago Leifert, Gilberto Leifert divulgou um texto nos comentários de uma publicação para defender o filho, após o embate com o ator Ícaro Silva.
A última semana foi agitada com a troca de farpas entre Tiago Leifert e Ícaro Silva após o ator críticar o Big Brother Brasil. A apresentador, então, se manifestou contra a postura de Ícaro, que mais tarde respondeu rebateu Leifert.
Acontece que Gilberto Leifert não perdeu tempo e de forma inusitada, criticou não só Ícaro, mas relembrou a trajetória do filho. Vale ressaltar que Gilberto é publicitário, e ocupou o cargo de chefia na Rede Globo por 30 anos.
O publicitário começa o texto já se 'desculpando' com o filho pela exposição, mas ressalta que já 'estava na hora'.
"Tiago: você talvez não goste de ver seu pai tratando deste tema em público, mas estava na hora. Tenho 70 anos e cresci vendo a nação brasileira conviver com impunidade; negar o mérito das pessoas, suspeitar da honestidade e da integridade de quem alcança sucesso. O esporte preferido dos brasileiros não é o futebol, é falar mal dos outros"
No decorrer do texto, Gilberto relata ainda que havia uma regra entre ele e Tiago, e chegou reconhecer que os chefes de Tiago eram seus colegas.
O publicitário ainda afirma que viu potencial no filho quando ele tinha apenas 16 anos.
Confira na íntegra
"Tiago: Você talvez não goste de ver seu pai tratando deste tema em público. Mas estava na hora. Tenho setenta anos e cresci vendo a nação brasileira conviver com impunidade; negar o mérito das pessoas, suspeitar da honestidade e da integridade de quem alcança sucesso. O esporte preferido dos brasileiros não é o futebol. É o falar mal dos outros.
Na estrutura da Globo em que trabalhei por longos trinta anos os diretores sempre tiveram autonomia para contratar e demitir… na própria área. Aliás, jamais me meti nos assuntos que diziam respeito ao seu trabalho. Essa era a nossa regra do jogo (minha e sua) e meus pares a presumiam. Eu jamais poderia contratar alguém para o Jornalismo, por exemplo. Foram as suas qualidades que impulsionaram e sustentaram sua carreira na Globo.
Colocar o filho na telinha e expô-lo ao escrutínio diário da diretoria, do público, do mercado publicitário e da crítica não é o jeito mais suave e menos chamativo de nepotismo. Aliás, quem conhece a Globo sabe que nenhum jovem jornalista, com apenas 28 anos, "ganha" a responsabilidade e o desafio de editar o Globo Esporte de São Paulo porque é filho de um funcionário graduado. E nenhum funcionário (na ocasião eram mais de oito mil), apenas por ser filho de um diretor, "merece" a confiança de poder dizer o que bem entender ? seus chistes, suas broncas, seus discursos ? em programas líderes de audiência, transmitidos ao vivo, como o Big Brother Brasil ou substituindo o gigante Fausto Silva.
Olhando para trás, tenho certeza de ter agido corretamente ao apresentá-lo à televisão em 1996 para atuar como repórter de campo do Desafio ao Galo, sem remuneração, na TV Gazeta/SP. Você tinha dezesseis anos e eu já enxergava seu potencial, que foi desenvolvido e lapidado nos Estados Unidos. Lá, você não era "o filho do diretor da Globo" quando, por algumas vezes, seu nome foi inscrito na "Dean List" — a lista do reitor, na qual figuram os melhores alunos da Universidade de Miami.
E porque era um excelente aluno e tinha vocação, você foi estagiar no Jornalismo da National Broadcasting Company, a NBC, uma das maiores redes do mundo, onde ninguém jamais ouvira meu nome. Não é mole para um jovem brasileiro pensar, redigir e se expressar profissionalmente em outra cultura, e você tinha conseguido e da NBC veio o primeiro convite para trabalhar nos Estados Unidos, mas você preferiu voltar.
Sua mãe, sua irmã e eu também achamos ótimo tê-lo de volta, mesmo sem ter emprego em vista, mas você nos deixou novamente e foi trabalhar no interior de São Paulo, onde revelou a que tinha vindo no inesquecível [programa] VanguardaMix. Sei que não foi fácil para você chegar até aqui e que sua decisão de deixar a Globo que amamos é parte de um projeto de realização pessoal e profissional que está em pleno desenvolvimento, e que certamente será bem-sucedido.
Não se preocupe com quem nega nossos méritos e desmerece nossas conquistas. Preocupe-se, sim, defender suas crenças, ser honesto, leal, decente, generoso; bom patrão, bom amigo, bom filho, bom marido e bom pai, como, aliás, tem sido. Nossa família sente muito orgulho de você e ontem, assistindo o The Voice, me senti realizado ao ver na Globo o sobrenome Leifert associado a tantos conteúdos tratados com sensibilidade e ética. Beijo do seu admirador Gilberto.
Em tempo: sei que você tem especial fascínio pelo espaço sideral. Outro dia mandei meu currículo para o Jeff Bessos e para o Elon Musk. Se eu for contratado, vou arrumar uma boquinha de comandante de nave pra você."
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