Entretenimento
Integrante da Beija-Flor morre após acidente em Nilópolis
O cantor e intérprete da agremiação Beija-Flor de Nilópolis, Gilson Conceição Junior, o Bakaninha, morreu na manhã desta sexta-feira (28), após um acidente de carro na Estrada Doutor Rufino Gonçalves Ferreira, em Nilópolis, na Baixada Fluminense do Rio.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o acionamento ocorreu por volta das 6h para uma colisão entre um carro e um poste. Ainda segundo a corporação, Bakaninha acabou morrendo no local.
Nas redes sociais, a escola de samba lamentou a morte do integrante da agremiação e informou que Bakaninha era considerado o talento que herdaria, um dia, o microfone das mãos de Neguinho da Beija-Flor. A agremiação informou ainda que o acidente ocorreu quando ele voltava da quadra da azul e branca de Nilópolis.
Neguinho da Beija Flor também prestou homenagem ao cantor nas redes sociais.
'Infelizmente acordei hoje com esta triste notícia da morte brutal do Bakaninha, a quem considero meu sucessor, praticamente um filho!! Meu coração está em prantos!! Descanse em paz e que você esteja nos braços do Senhor!!" lamentou.
Trajetória
Bakaninha, como era carinhosamente chamado na agremiação, tinha uma história de amor antiga pela Beija-Flor: começou a desfilar aos cinco anos na bateria mirim da Deusa da Passarela. A trajetória começou inspirada no pai, Gilson Bacana, que também já atuou como uma das vozes da escola, e no avô, Vicente, um dos primeiros a comandar a ala de ritmistas nilopolitanos. A Beija-Flor era uma tradição familiar.
Desde 2009, Bakaninha integrava o time de cantores de apoio que dava suporte a Neguinho na Sapucaí – como segundo cantor, era dele a voz que conduzia os ensaios nas eventuais ausências do titular. A dedicação à tarefa fez com que Neguinho, há pelo menos cinco anos, começasse a aventar a possibilidade de ser sucedido por Bakaninha quando viesse a se aposentar futuramente.
"O Bacaninha vai ser meu sucessor. Um dia, vou ter que parar. E ele será meu sucessor. É nascido e criado na Beija-Flor. É dedicado, tem bom comportamento, é respeitador (...). Tem outros grandes cantores, mas ele é o que acho que tem todos os predicados pra, um dia, me substituir", disse Neguinho ao site Sambarazzo em agosto de 2017.
Em nota, a agremiação relatou ainda está de luto pela morte do intérprete.
"De luto, a Beija-Flor presta sua última homenagem a Bakaninha reconhecendo mais uma vez, como fez Neguinho, as qualidades de Bakaninha e a legitimidade do amor e da entrega dele à escola em que se formou enquanto artista e cidadão de Nilópolis. A agremiação está solidária à família e aos amigos de Bakaninha e, assim que possível, divulgará informações sobre o funeral e demais desdobramentos dessa dura despedida", informaram.
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