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    Gilberto Gil completa 80 anos e é chamado de 'Orixá vivo'

    Cantor e compositor baiano tem mais de 60 anos de carreira

    Publicado 26/06/2022 às 13:52 | Autor: Suzana Moura
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    O 'Orixá vivo", Gilberto Gil protagonizou diversos momentos da cultura brasileira
    O 'Orixá vivo", Gilberto Gil protagonizou diversos momentos da cultura brasileira |  Foto: Rede Social

    Um dos grandes ícones da música brasileira completa 80 anos neste domingo (26). Esbanjando bom humor e disposição, o artista fez uma postagem em suas redes sociais falando sobre se tornar ancestral e ser eternizado: "O legado é esse, qualquer fragmento é parte da totalidade". Sobre ser chamado de Orixá vivo, ele diz: "E qual é o problema? É deles que eu venho", escreveu.

    Imortal da Academia Brasileira de Letras e ex-ministro da Cultura do Brasil, Gil é protagonista de uma das maiores trajetórias culturais da história do Brasil. Além de ser tradição nos quatro cantos do país, ele é pura representatividade negra e é da época onde os negros não entravam nos clubes sociais nem pelas portas de serviço. Gil também se rendeu aos encantos da atualidade e não é raro vê-lo dançando em vídeos do TikTok ao lado de sua neta. 

    Carreira

    Gilberto Gil nasceu em 26 de junho de 1942, em Salvador, na Bahia. É o primogênito de José Gil Moreira, médico formado pela Universidade da Bahia, e de Claudina Passos Gil Moreira, professora primária. No início da década de 1940, a família residia em um bairro modesto de Salvador chamado Tororó. Gil já aos três anos de idade, já manifestava seu desejo de ser músico e ficava fascinado com os sons de bandas locais. Mas foi na década de 1960 que o artista se encontrou, após participar de seminários e em 1968 criou o movimento Tropicalista, movimento de vanguarda da música popular brasileira, de influência modernista.

    Após a música Divino Maravilhoso, cantada por Gal, em parceria com Caetano, alcançar o terceiro lugar do 4° Festival de Música Popular Brasileira, Gil e Caetano Veloso foram presos por conta das medidas do Ato Institucional n° 5 (AI-5), implantado pela Ditadura Militar, que censurou a liberdade artística dos cidadãos.

    Ao longo dos anos, Gil participou de vários festivais, recebeu diversos prêmios e o último foi o Chamber Prize, da Dinamarca, com o álbum OK OK OK.

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