Culpado
Fim da linha: R. Kelly é condenado a 30 anos por tráfico e extorsão
Artista está preso desde 2019
O cantor R. Kelly foi condenado a 30 anos de prisão por tráfico sexual e extorsão. O artista está preso desde julho de 2019 aguardando a decisão que saiu nesta quarta-feira (29), em um tribunal em Nova York.
O artista foi julgado culpado por exploração sexual de crianças, sequestros, abusos sexuais e suborno. R. Kelly violou oito normas definidas pela Lei Mann, que estabelece punições contra o tráfico sexual.
A audiência aconteceu em setembro do ano passado e durou seis semanas, 45 pessoas testemunharam. Foi exposto que seus funcionários e outros intermediadores eram usados para atrair fãs e aspirantes do meio musical para os submeter aos abusos sexuais e condições precárias.
Nove mulheres e dois homens depuseram contra o cantor, mas para piorar ainda mais a situação, três delas afirmaram que eram menores de idade quando foram abusadas por R. Kelly. Além disso, os abusos praticados pelo cantor incluíam trancar as vítimas por dias sem acesso a comida e banheiro.
R. Kelly alcançou a fama nos anos 90, com as músicas "I Bilieve I Can Fly" e "I'm Your Angel", que teve participação de Celine Dion. Após a condenação, o famoso deve ser transferido para Chicago, e enfrentará um julgamento por pornografia infantil e obstrução da justiça. Como se não bastasse, ele ainda enfrenta acusações nos estados de Illinois e Minnesota.
De acordo com o jornal 'New York Times', os promotores solicitaram uma pena superior a 25 anos atestando que o artista é um perigo para sociedade.
"Ele cometeu esses crimes usando sua fama e estrelato tanto como escudo, o que preveniu um olhar minucioso ou a condenação de seus atos, como uma espada, que lhe deu acesso a riqueza, uma rede de facilitadores para ajudar em seus crimes e uma série de fãs adoradores, entre os quais selecionou suas vítimas".
A advogada de R. Kelly já pediu uma sentença que não fosse maior de dez anos, e argumentou que o artista teve uma infância traumática e relatou inclusive abusos sexuais de parentes e outras pessoas próximas. Mas a juíza do caso, Ann M. Donnelly concordou com os promotores e fixou uma pena de 30 anos.
"Esses crimes foram calculados, cuidadosamente planejados e regularmente executados por quase 25 anos. Você ensinou (as vítimas) que amor é escravidão e violência"
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