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Da Engenhoca para mundo: moradora de Niterói ganha prêmio internacional
Estilista e ex-presidente do Conselho Tutelar da região III de Niterói, Luciane Mello de Oliveira foi convidada a receber um prêmio na Itália, pelo livro "Gritos do Futuro Inocente".
A obra retrata a vida humilde de Luciane, moradora da Engenhoca, bairro da Zona Norte da Niterói, e as dificuldades enfrentadas pela estilista diante da violência e drogas. Além das batalhas diárias, o livro também traz a superação e preocupação com os jovens que ainda passam pelo que ela viveu.
Para Luciane, os jovens precisam de alguém que não desista deles e o livro é o grito de cada criança e adolescente que clama pelo presente e um futuro melhor.
“Filhos são herança do senhor e esse livro é um presente de Deus pra mim! A luta não é fácil, perdi muitos amigos para as drogas e dói muito perder alguém", revela a autora.
Prêmio
O livro foi lançado na bienal deste ano e por conta da repercussão e envolvimento da escritora, a mesma foi convidada a receber a homenagem 'Prêmio Conexão Itália Brasil'. O objetivo é premiar quem se destaca na área da cultura em geral. Segundo Luciane, é um reconhecimento da história dela como algo valioso e significante.
"Avaliaram e reconheceram minha história de vida. Por isso foi indicada ao prêmio que é um reconhecimento ao meu trabalho e a iniciativa de contar a minha vida", relata a escritora.
Luciane recebeu a homenagem no último domingo (10) e aproveitou a ocasião para usar a faixa de miss, em lembrança ao título conquistado em 2017.
“Estou com a faixa de miss porque tenho o título e sou escritora. O prêmio representa o conjunto de tudo o que represento e que eles enxergam como exemplo de luta e superação", esclarece.
A escritora também palestrou para jovens em escolas da Grécia, Milão e Veneza.
Serviço Social
Luciane ficou por dois mandatos na função de presidente do Conselho Tutelar da Zona Norte de Niterói.
"Eu fui da primeira gestão do Conselho da Zona Norte de Niterói, o regional III , onde contribui e lutei muito para o fortalecimento da rede na infância e juventude. Fui uma das conselheiras que lutou pela mudança da sede do Conselho Tutelar para um local neutro, onde todos pudessem ser contemplados por ser uma área tranquila e livre de conflitos.
Sofri muito por esta conquista, mas hoje olho e vejo que valeu a pena a luta e sofrimento", desabafa.
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