Destaque
Com 'Caju', Liniker leva três prêmios no Grammy Latino
Cator João Gomes também foi consagrado com o gramofone de ouro

A cantora e compositora Liniker marcou a 26ª edição do Latin Grammy, realizada na noite desta quinta-feira (13), em Las Vegas, como o principal nome brasileiro da premiação. A artista conquistou três troféus em categorias dedicadas à língua portuguesa e apresentou no palco a faixa “Negona dos Olhos Terríveis”, em uma das performances mais aguardadas da cerimônia (assista abaixo).
Liniker venceu nas categorias Melhor Álbum de Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa por “Caju”, Melhor Interpretação Urbana em Língua Portuguesa, também pela faixa-título do disco, e Melhor Canção em Língua Portuguesa por “Veludo Marrom”. Ao celebrar os prêmios, a artista ressaltou a trajetória até o reconhecimento internacional.
“Eu estou muito feliz. Nunca vivi nada parecido e poder compartilhar isso com a minha equipe, com a minha banda, com as pessoas que produziram esse disco comigo, com o Brasil, meus fãs, é uma realização gigantesca”, disse.
No tapete vermelho, Liniker chamou atenção com um vestido assinado por Andre Betio. O estilista explicou que a peça foi construída a partir da técnica de moulage, com drapeados aplicados diretamente no corpo da artista.
Segundo ele, o design buscou traduzir visualmente a fase atual da cantora, inspirada no álbum Caju. “Busquei respeitar e potencializar sua personalidade, equilibrando fluidez, sensualidade e força visual”, afirmou.

Para a performance no palco, a artista vestiu um look criado por Michelly X, elaborado ao longo de cerca de vinte dias. A peça foi confeccionada com renda francesa, materiais metálicos leves e recebeu mais de 25 mil cristais Swarovski. A estilista destacou o simbolismo da parceria: “Sendo eu também uma mulher trans, é ainda mais especial trabalhar com uma amiga como a Liniker”.
Ao receber o prêmio de Melhor Canção em Língua Portuguesa, a cantora reforçou a importância da representatividade no país.
Ser travesti compositora, no Brasil que mata a gente, é difícil demais. Então, que cada vez mais a nossa história possa ser contada e celebrada como hoje
Premiados
A noite também foi marcada por outras vitórias brasileiras. O álbum Dominguinho, de João Gomes, Mestrinho e Jota.pê, venceu em Melhor Álbum de Música de Raízes em Língua Portuguesa. Luedji Luna levou o troféu de Melhor Álbum de Música Popular Brasileira/Música Afro Portuguesa Brasileira com Um Mar Pra Cada Um.
O grupo BaianaSystem foi reconhecido com o prêmio de Melhor Álbum de Rock ou Música Alternativa em Língua Portuguesa, por O Mundo Dá Voltas. Já Eli Soares venceu na categoria Música Cristã em Língua Portuguesa com Memóri4s (Ao Vivo).
Na música sertaneja, Chitãozinho & Xororó receberam o prêmio por José & Durval. No samba/pagode, o grupo Sorriso Maroto foi vencedor com o álbum Sorriso Eu Gosto No Pagode Vol. 3 – Homenagem Ao Fundo De Quintal, gravado em Londres.
Na categoria internacional de Melhor Álbum de Jazz Latino/Jazz, o bandolinista Hamilton de Holanda dividiu o prêmio com o músico cubano Chuco Valdés. O brasileiro foi reconhecido pelo álbum Trio Live in NYC; Valdés, por Cuba and Beyond.

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