Atriz de 'A Lagoa Azul' revela estupro: 'Não lutei muito'

Musa dos anos 80, a atriz Brooke Shields revelou que já sofreu um estupro aos 22 anos. Ela atribuiu o fato à sua infância altamente sexualizada e participações em comerciais e filmes com esse cunho. 

A atriz comentou sobre o assunto em um documentário exibido no último final de semana no Festival de Sundance. 

Protagonista de 'A Lagoa Azul', Shields vai contando ao longo do filme como uma transformação mudou sua vida glamorosa num pesadelo, em que sua beleza agia como uma maldição manipulada pela indústria, homens brancos e sua mãe, Teri Shields, uma mulher controladora e alcoólatra. 

Dirigido por Lana Wilson, que também trabalhou no documentário sobre a vida da cantora Taylor Swift, "Pretty Baby: Brooke Shields", faz um mergulho nos comerciais que Shields fez ainda bebê, indo de pasta de dente a amaciante, até os anos 2000, quando a artista faz campanha contra a depressão pós-parto. 

"Eu me fechei depois disso. Aprendi a me desassociar do meu corpo", conta na produção. A mãe da atriz morreu em 2012, mas aparece em diversas entrevistas, uma delas concordando que usava a sexualidade da filha, além dos problemas com álcool. 

A atriz, de 57 anos, fala sobre o caso pela primeira vez no filme. Ela não revela o nome do produtor que a estuprou, mas conta que subiu ao seu quarto de hotel para pedir um táxi, e ele saiu pelado do banheiro e a agarrou. "Nós lutamos. Pensei que meu 'não' fosse suficiente", ela diz. "Não lutei muito. Eu absolutamente congelei", revela.