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    Arte

    Artista visual Diego Moura leva exposição para Niterói

    Diego Moura faz homenagens a Paulo Gustavo e Milton Cunha

    Publicado 07/02/2022 às 10:04 | Atualizado em 07/02/2022 às 13:30 | Autor: Tavi Moura
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    A mostra está aberta à visitação de terça a domingo, de 9 de fevereiro a 11 de março.
    A mostra está aberta à visitação de terça a domingo, de 9 de fevereiro a 11 de março. |  Foto: Divulgação

    Conhecido por explorar uma técnica inovadora na criação de seus trabalhos, Moura apresentará 33 obras digitais em galeria, no Campo de São Bento, em Icaraí.

    Um mundo de cores, formas e cheio de referências Pop e surrealistas, é o que propõe o artista visual e digitalista Diego Moura. Morador de Niterói, ele estreia a sua exposição "Um dedo de arte - Do Digital ao Orgânico", no próximo dia 8 de fevereiro, no Centro Cultural Paschoal Carlos Magno, no Campo de São Bento, em Icaraí. Com obras inéditas, Moura pretende emocionar o público, com uma homenagem ao humorista niteroiense Paulo Gustavo - que faleceu em maio do ano passado, em decorrência de complicações por causa da covid-19.

    "Eu sou um apaixonado por Niterói e poder expor na cidade que me acolheu é uma alegria indescritível. E é uma felicidade maior ainda poder expor a obra 'Paulo Gustavo Presente', num dos lugares favoritos do meu ídolo, em Niterói", conta Moura que desenvolveu a arte digital, em 2021, para homenagear o intérprete da Dona Hermínia, no Dia do Humor, celebrado todo 30 de outubro, data de nascimento do humorista.

    E Diego está empenhado em arrancar sorrisos dos espectadores. Outro homenageado do artista também terá uma obra exposta na mostra. É o carnavalesco e comentarista de TV, Milton Cunha, retratado na arte digital "O Esplendoroso Milton Cunha":

    "Quando busco na minha memória de que maneira fui atraído pelo carnaval, o que me vem é a imagem do Milton. A conexão direta dele com o povo e a sua forma única de apresentar a história por trás de cada elemento do carnaval me encantam e também me inspiram".

    Para Milton Cunha, Diego carrega em sua assinatura artística um "quê de Picasso Carnavalizado".

    "Nas imagens propostas por Moura, na sua explosão de cores, os riscos vão compondo seu cubismo dançante, multicor e fantasiado. Penas, volutas, cílios e exagerados silicones vão compondo seus atentos personagens, numa folia de olhos. Para cada pincelada uma provocação, levando quem se deleita, admirando, até o lisérgico o redemoinho de composições impactantes, que prefiro chamar de um carnaval psicanalítico", analisa Cunha.

    E o tema "carnaval" também estará presente em quatro das 33 artes expostas por Diego nesta mostra.

    "Quero propor ao público um passeio por algumas fases do meu trabalho, com obras que dialogam com a estética dos movimentos Pop, Surrealista e Cubista. Mas o meu grande propósito é provocar emoções positivas nos visitantes. No universo em que me imagino, as cores são como correntes de energia que se misturam para dar vida às formas que nascem em minha mente", explica o artista.

    Digitalismo

    Adepto de uma técnica inovadora, Diego Moura começa a produzir os primeiros traços de seus desenhos, usando a ponta dos dedos em um aplicativo de celular e, posteriormente, transporta essas artes para as telas de algodão, pintadas com tinta acrílica e pincel. Para a curadora da mostra, Angelina Accetta, Diego Moura, é um pesquisador da tecnologia, que utiliza e se inspira nas pessoas do cotidiano para compor seus trabalhos:

    "Mergulhado no desconhecido ele encontra o novo. Intui e percebe formas de buscar ordenações e significados. Mas em Diego há um modo próprio, especial de captar a realidade. Nem sempre vem ao consciente de forma direta. Por meio da introspecção ultrapassa os níveis comuns da percepção ao qual apreende o mundo interno e externo e interpreta, muito além da mera identificação. Assim, Diego pensa as relações entre arte e vida da perspectiva do desenvolvimento tecnológico e da criação, com surpreendentes e envolventes aspectos sensíveis como maior desafio pulsante neste milênio. A sua obra está inteiramente contida na sequência de experiências perceptivas que o espectador vive e pode reviver indefinidamente no decorrer do diálogo estético. A sua obra somente existe com a condição de ser frequentada, sentida, explorada, experimentada, vivida".

    Além de abrigar a exposição até o dia 11 de março deste ano, o Centro Cultural Paschoal Carlos Magno passará a ser a residência artística de Diego Moura, durante o período da mostra. Assim, o visitante além de conhecer parte do acervo digital, também poderá encontrar no segundo andar o próprio artista pintando uma de suas telas.

    Serviço: O Centro Cultural Paschoal Magno fica no Campo de São Bento, em Icaraí - Niterói. E a mostra está aberta à visitação de terça a domingo, das 10h às 17h, no período de 9 de fevereiro a 11 de março. A entrada é franca. (A vernissage para convidados, será no dia 8 de fevereiro, às 18h30).

       

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