Entretenimento
A poesia de Cora Coralina pelos passos da Companhia de Ballet de Niterói
Nos dias 9 e 10 de outubro, sábado e domingo, às 18h, a Companhia de Ballet da Cidade de Niterói vai apresentar o novo espetáculo "Pedra Doce - Poética de Cora Coralina", que fala da simplicidade na poesia e vida de Cora Coralina, no Teatro Popular Oscar Niemeyer.
Todas as células coreográficas foram criadas pelos próprios bailarinos em um atravessamento promovido pelos poemas de Cora durante os ensaios. Este é o foco principal do espetáculo: correlacionar a fisicalidade com a leitura, frase por frase. Ressoar no corpo em um diálogo direto com as palavras dos poemas. Nenhum movimento corporal foi utilizado sem que houvesse uma sintonia com os textos dela.
"O espetáculo busca correlacionar a escrita de Cora, seus ímpetos e necessidades em escrever, com a dos corpos dos bailarinos ao ler (ou ouvir) seus poemas", explica Fran Mello, Diretor Artístico da Companhia de Ballet da Cidade de Niterói.
A dramaturgia do espetáculo foi conduzida pela coreógrafa Ana Vitória Freire com o intuito de replicar a vida simples de Cora, mas reconhecendo sua potência como uma mulher à frente do seu tempo. As cenas apresentadas levam em consideração sua autodenominação como doceira; sua vitalidade na escrita e o retorno à casa onde ela passou grande parte da sua infância, na cidade de Goiás, visto como um resgate e/ou um recomeço de vida em busca de completar sua felicidade. Permeado de memórias, o público será contagiado na plateia com o aroma do doce de coco feito em cena. Uma vez disse Cora: "é aqui, na minha casa, que reafirmarei minha felicidade".
Todo o trabalho literário de Cora se refere a sua vida pessoal. Assim, este espetáculo também segue uma linguagem biográfica, retratando sua vida vendendo doces e entregando seus escritos aos clientes. A poesia de Cora Coralina atravessa gerações, pois permite fácil identificação do leitor com seus escritos.
O nome "Pedra Doce" traz essa poética em si, propondo a reflexão sobre as múltiplas potências da palavra "pedra". A pedra que destrói também pode ser a que constrói. O açúcar utilizado para glacear suas frutas, após dias secando ao sol, viravam pedras deliciosas.
Os figurinos fazem alusão às múltiplas vidas que 'habitavam' em Cora. Os bailarinos ficaram livres para escolherem suas vestes, levando à cena a multiplicidade de identidades que são percebidos em seus poemas. A escolha do figurino partiu da premissa de questionar: como os bailarinos se vestiriam, caso fossem convidados para um almoço de domingo na casa de Cora? Que roupa eles usariam neste encontro?
A apresentação é leve e singela, como foi a vida e os poemas de Cora Coralina, uma senhora muito além do seu tempo que inebriou a todos com sua escrita e sua maneira positiva de ver a vida.
Protocolos Sanitários
De acordo com o Decreto Municipal 14.142/ 2021, é necessário apresentar o comprovante de vacinação em dia, no formato impresso ou digital, acompanhado de um documento com foto. Todos os protocolos sanitários de combate à COVID-19 são seguidos.
Ficha técnica do espetáculo
- Direção artística e concepção - Fran Mello
- Dramaturgia - Ana Vitória Freire
- Criação Coreográfica - Todo o elenco
- Ensaiadora - Fabiana Nunes
- Assistente de Ensaio - Fabrícia Ribeiro
- Iluminação - Paulo Cesar Medeiros
- Figurino - Fran Mello
- Cenografia - Jorge Roriz
- Assistente de cenografia - Wescley Menezes Lima
- Fotografia - Luiz Kerche e Nadia Mathias
- Elenco - Bruna Lopes, Diego Cruz, Jayme Tribuzy, Jeanete Guenka, Jonathan Carvalheira, Lara Benevides, Luiz Menezes, Mariana Mesquita, Mirna Nijs e Robson Schmoeller.
Serviço
Espetáculo "Pedra Doce - Poética de Cora Coralina", pela Compania de Ballet da Cidade de Niterói
Data: 9 e 10 de outubro, sábado e domingo
Horário: 18h
Local: Teatro Popular Oscar Niemeyer
Endereço: Jornalista Rogério Coelho Neto, s\n – Centro, Niterói
Classificação: livre
Duração: 40 min
Entrada: 1kg de alimento não perecível a ser doado à ONG MIX URBANO.
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