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Intervenção no Rio tem 80% de aceitação entre carentes, diz general
A significativa melhora nos índices de segurança pública no Rio de Janeiro após a intervenção das Forças Armadas, e a melhora em todos os indicadores de criminalidade no estado demonstram o acerto das medidas implementadas, afirmou hoje (18) o general Braga Netto, comandante militar do Leste e responsável pela intervenção.
Braga Netto participou, nesta quinta-feira, da solenidade em que o Gabinete de Intervenção Federal entregou armamentos à Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) e à Polícia Militar (PM).
“Estes resultados [da intervenção no combate à criminalidade] beneficiam, principalmente, a população desassistida do estado, extrato social em que o trabalho [das forças de segurança] alcança os maiores índices de aceitação, hoje da ordem de 80%”, disse.
Segundo o general, a aquisição de armamentos modernos e eficazes alia-se ao objetivo estratégico do Plano de Intervenção Federal de recuperar a capacidade operativa dos órgãos de segurança pública do estado e da Seap.
Para Braga Neto, já é perceptível a melhora da sensação de segurança e da queda consistente dos índices de violência. “Tudo isso resultará invariavelmente em um ambiente mais seguro e estável, tão desejado pela população do nosso estado.”
Presente à solenidade, o governador Luiz Fernando Pezão ressaltou também a melhora de todos os índices de criminalidade e se disse seguro de que, até dezembro, resultados ainda mais significativos serão apresentados em decorrência da integração das forças de segurança pública do estado com as Forças Armadas.
Ao ser questionado sobre o baixo volume de recursos investidos em tecnologia e no trabalho investigativo, apontado em um estudo da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), o governador questionou os números que vêm sendo divulgados.
“É preciso ver estes números com uma certa desconfiança e com maior atenção. Nós saímos em 2007 de um investimento de R$ 2,4 bi em segurança pública para mais de R$ 10 bilhões neste ano. Claro que a maioria [90%] foi para o pagamento dos próprios agentes de segurança [polícias Militar e Civil e Corpo de Bombeiros], mas tem muito dinheiro também destinado em tecnologia e investigação”, afirmou.
Continuidade da intervenção
Sobre a continuidade dos trabalhos do Gabinete de Intervenção Federal, Pezão disse que, se vier a ser ouvido pelo seu sucessor no governo do estado, vai pedir “muito” para que ele continue com essa integração com as Forças Armadas.
“Eu acho impossível hoje só a Polícia Militar e a Civil, sem uma parceria a nível nacional e também com as prefeituras, combaterem o roubo de carga. A integração é fundamental. Se eu estivesse disputando uma eleição e visse os resultados que estamos colhendo, não deixaria que esta parceria e cooperação terminasse”, disse o governador.
Pezão, no entanto, admitiu a necessidade de ajustes e adaptações. “Claro que adaptando: a gente sabe que é um momento único, paralisa o Congresso em termos de votação de emendas constitucionais. Mas eu acho que o presidente da República deva montar uma guarda nacional ou mesmo adotar alguma política que tenha as Forças Armadas orientando a segurança pública no país.”
O armamento
As armas entregues nesta quinta-feira à Seap e à PM têm o objetivo de contribuir para a recuperação da capacidade operativa dos órgãos de segurança pública, uma das metas do Plano Estratégico da Intervenção Federal. A solenidade foi no salão nobre do Comando Militar do Leste.
A Secretaria de Administração Penitenciária recebeu 200 carabinas calibre 12, da marca CBC, as primeiras confeccionadas com tecnologia totalmente nacional, adquiridas ao custo de RS 777,4 mil. O armamento funcionará como reforço à segurança dos estabelecimentos prisionais sob a responsabilidade da Seap.
Foram repassados à Polícia Militar 500 novos fuzis calibre 5.56, modelo IA 2, utilizados pelo Exército Brasileiro, o que, na avaliação do Gabinete de Intervenção, “vai melhorar consideravelmente as condições de trabalho do Policial Militar”.
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