Dica
Todo mundo gripado ou resfriado? Saiba como escapar!
Dicas para você aprender a lavar o nariz com soro fisiológico
Desde a chegada do outono, potencializado pelas recentes mudanças de temperatura, está cada vez mais comum se deparar com alguém tossindo, espirrando ou com o rosto inchado por conta de inflamações decorrentes de gripes, resfriados, rinites e sinusites.
Nas últimas semanas a procura por unidades de saúde disparou diante do aumento de doenças respiratórias. Um aumento esperado para a época do ano, segundo secretarias de Saúde de diferentes municípios do estado do Rio.
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Todas as pastas destacam que doenças respiratórias são sazonais e que estamos neste período. As secretarias também alertam para a importância da vacinação, além de evitar locais aglomerados, higienizar bem as mãos, usar máscaras em locais fechados e em casos de sintomas respiratórios.
Mas existem outros métodos que também podem contribuir para a prevenção dessas doenças, como por exemplo a lavagem nasal. E para entender melhor como funciona e a eficácia do procedimento eu conversei com a otorrinolaringologista e coordenadora da Associação Médica Fluminense (AMF), doutora Renata Moura.
A lavagem nasal realmente é uma forma de prevenção não só de doenças, mas também das complicações”
Segundo a médica, a lavagem nasal pode ser feita em qualquer idade. Além disso, a prática ainda garante a regulação da entrada de ar e protege o organismo contra vírus e bactérias.
“Em bebês você pode usar spray de jato contínuo, existe de várias marcas na farmácia, ou soro na seringa”, explica a médica.
Saiba como fazer
Para realizar o procedimento, a especialista explica que se a pessoa não apresentar secreção no nariz, a lavagem pode ser feita apenas uma vez ao dia. Mas em caso de secreção, então deve ser estendida de cinco a sete vezes por dia.
Quantidade
Em adultos a quantidade ideal é entre 5ml e 10ml, enquanto em bebês não deve ultrapassar 5ml.
Segundo a doutora Renata, existem garrafas de 240ml específicas para lavagem nasal: “Isso é ótimo para os casos de sinusite porque lava com volume e sai bastante secreção”.
Passo a passo
Para fazer a técnica mais simples de lavagem nasal, basta ter uma seringa e soro fisiológico. Você pode fazer na pia do banheiro ou usar um recipiente.
- Com a seringa você vai sugar entre 5ml e 10ml de soro.
- Incline a cabeça para frente e posicione para o lado da narina por onde o soro deverá escorrer.
- Agora, você deverá introduzir a ponta da seringa com o soro na outra narina e apertar até que todo o líquido seja injetado. Você vai perceber que a maior parte do soro sairá pela outra narina.
- Dica: mantenha a boca aberta durante o procedimento para controlar melhor a respiração. Assim você consegue isolar a região das narinas.
- Feito o processo, é hora de repetir na outra narina. Você pode realizar a técnica mais vezes, conforme orientou a especialista.
Eu mesmo costumo fazer a técnica diariamente e posso garantir que contribui bastante para a prevenção de inflamações como a sinusite, por exemplo.
Apesar de simples, no começo pode parecer incômodo por conta das dificuldades no controle da respiração, que pode fazer com que você engula o soro, saia pela mesma narina, ou até se engasgue. Isso tudo é normal! Com a prática fica muito mais fácil e a melhora na respiração é perceptível.
Gripes e resfriados
Em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, o aumento de casos envolvendo doenças respiratórias já atinge 50% das demandas de atendimentos de urgência e emergência, principalmente entre crianças. A prefeitura afirma que são casos gripais, sugestivos de Influenza e vírus sincicial respiratório (vírus responsável pela maioria dos casos de infecções do trato respiratório inferior em bebês), que podem evoluir para complicações bacterianas e outros agravos.
Já em Niterói, também na região metropolitana, a Secretaria Municipal de Saúde informa que síndromes gripais já somam 11.510 atendimentos nas emergências públicas. Deste total, 6.570 são referentes apenas aos meses de abril e maio.
Apesar de não informar o quantitativo de casos, a Prefeitura do Rio também confirma aumento na procura por unidades de saúde para tratar doenças respiratórias.
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