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    Encontrando o próprio destino

    Filme Duna e a reflexão sobre suportes para a superação

    Publicado 28/06/2024 às 18:55 | Autor: Erika Figueiredo
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    Paul foi preparado por sua mãe, para o momento em que seu destino batesse à porta
    Paul foi preparado por sua mãe, para o momento em que seu destino batesse à porta |  Foto: Arte / Warner Bross

    Eu já comentei várias vezes, aqui na coluna, que adoro distopias. Elas me fazem perceber o quanto passado e futuro estão sendo interligados, e como símbolos, crenças e religiões foram necessários, ao longo da história da Humanidade, para que nos tornássemos quem somos, como civilização.

    Resolvi assistir DUNA porque uma grande amiga me indicou, contando-me que maratonou os dois filmes e adorou. Meu filho já havia me falado do livro, que minha nora deu para ele, no início do namoro, mas não me empolguei, na época.

    Entretanto, por conta de um longo voo e da necessidade de me ocupar com algo, por dez entediantes horas, resolvi assistir. E me surpreendi com essa distopia, que se passa em um futuro no qual tudo tornou-se deserto, a Terra virou um lugar inóspito e o homem precisou reinventar-se, para sobreviver.

    Paul Atreides (Thimotee Chalamet) é um jovem predestinado, cujo destino é salvar o seu povo. Filho da vidente Jessica Atreides (Rebecca Ferguson) e do duque Leto Atreides (Oscar Isaac), ele embarca em uma perigosa jornada, que inclui autoconhecimento, força, coragem, inteligência e uma dose de sorte.

    Alerta spoiler

    Paul foi preparado por sua mãe, para o momento em que seu destino batesse à porta. Por não compreender sua missão, reclamava, fazia corpo mole, era fraco e pouco determinado. Embora pressentisse que algo estava para mudar - era acometido por vários sonhos, os quais não sabia interpretar – Não podia imaginar o que viria pela frente.

    No momento em que seu mundo se desfaz, pois seu planeta é brutalmente atacado e seu pai, covardemente assassinado, Paul e sua mãe conseguem escapar, e sob a supervisão de Jessica, o rapaz vai se tornando quem ele foi preparado para ser: o líder de seu povo, um guerreiro bem treinado, um homem sábio, capaz de tomar grandes decisões.

    Farol do destino

    Refleti bastante sobre o que mais teria me impactado, no filme. Descobri que a figura forte de sua mãe e a capacidade de superação e rápida inserção na nova realidade, por Paul, foram as duas coisas que mais me chamaram a atenção.

    Nas vidas de todos nós, há alguém que nos serve como um farol, iluminando a nossa trajetória e nos conduzindo para algum lugar. Felizes os que conseguem ter, como referência, pessoas de valores morais elevados e que possam passar bons ensinamentos. Antigamente, isso era a regra. Hoje, infelizmente, tornou-se exceção.

    Grandes personalidades tiveram grandes exemplos. Pessoas que admiravam e cujos passos desejavam seguir. Jessica é quem conduz Paul a seu destino, mostrando-lhe que ele precisa honrar suas origens, defender seu povo e buscar a vitória.

    Estou torcendo muito por Paul. Em sua batalha, há uma luta travada entre o bem e o mal , o que implica em preservar o futuro de uma civilização. Grandes missões são destinadas a grandes homens. Em meu voo de volta, vou assistir a Duna 2.

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