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    Crítica

    Como você sente a passagem do tempo?

    Fim, nova série da Globoplay ganha pela empatia

    Publicado 27/11/2023 às 19:58 | Autor: Cícero Borges
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    Série aborda temas do cotidiano e a relação inevitável com a morte
    Série aborda temas do cotidiano e a relação inevitável com a morte |  Foto: Divulgação

    O tempo passa para todo mundo. Claro, de maneira diferente para cada pessoa. Alguns dizem que nem se deram conta do quão rápido se passou. Outros, fazem questão de aproveitar cada segundo, já que só se vive uma vez.

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    Ao longo da vida, diversos questionamentos nos surgem: ‘Estou ficando velho’; ‘O tempo passou e não fiz nada’; ‘Quero aproveitar melhor a vida’. Acredito que seja natural essas deliberações.

    O tempo é um senhor tão bonito, como canta Caetano Veloso em ‘Oração ao tempo’. Ou talvez seja pra gente não se iludir, já que tudo vai permanecer do jeito que está, transformado. Como diz Gil na lindíssima ‘Tempo rei’.

    Há também quem diga que o tempo é dinheiro. Ou que está faltando mais tempo para fazer as coisas das quais sempre quis. Mas quase nunca há uma reflexão sobre seu decorrer.

    Fim

    Globoplay

    Em ‘Fim’, série do Globoplay, em oito episódios descobrimos que o tempo é precioso e que tudo que precisamos aprender é lidar com decisões e questionamentos sobre ele, além da morte, que nos rodeia.

    Com elenco afinado, a série mostra perdas, desilusões, amizades e relações que cultivamos ao longo de toda uma vida.

    A trama mira cinco amigos que se conhecem no fim dos anos 70 em um carnaval no Rio de Janeiro. A partir dali, nada de diferente do que alguém não tenha vivido é mostrado na tela e passa por duas décadas.

    A série, dirigida por Andrucha Waddington, é baseada no romance de Fernanda Torres, sua esposa. Ela também faz uma participação no elenco, assim como Débora Falabella, Thelmo Fernandes, Emílio Dantas, Bruno Mazzeo, fazendo seu primeiro personagem denso, e Fábio Assunção.

    Das estripulias e solteirices, aos casamentos conturbados e que resultaram em filhos, ali, na tela, é onde nos vemos. Tanta identificação acabou gerando uma pane na plataforma conforme os episódios foram sendo liberados.

    Gera empatia ao que vivemos e o que estamos vendo na história. Viramos quase do círculo de todos ali, participando das festas, das crises, das reflexões, dos medos.

    A trama vai e volta, com ambientações e figurinos, além de maquiagem, incríveis. A cinematografia amarelada e quase fosca, marca e nos insere em décadas passadas. Primoroso.

    ‘Fim’ é pra assistir com tempo no mesmo instante em que refletimos sobre ele. Exercício fundamental para levarmos nossas vidas adiante. O que queremos deixar para as pessoas quando formos embora?

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